Polícia abre inquérito para investigar motivos que levaram Urach à UTI

A internação da modelo e apresentadora de TV Andressa Urach, hospitalizada desde sábado em Porto Alegre, virou caso de Polícia. Isso porque a 14ª DP da Capital quer identificar as razões para o quadro infeccioso que levou a jovem para a UTI do Hospital Conceição. Duas intervenções cirúrgicas foram necessárias até o momento. O último boletim médico divulgado pela instituição garante que o quadro de Andressa evoluiu, desde a noite passada, e não é mais considerado grave, ainda que ela siga internada na UTI.

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A polícia oficiou o Grupo Hospitalar Conceição solicitando os prontuários médicos referentes à internação da paciente, mas ressaltou que a instituição não é investigada. “Queremos descobrir o que resultou no quadro infeccioso que levou a modelo a procurar o hospital, para analisar se houve prática de lesão corporal, o que configura crime”, disse o delegado Thiago Baldin. O delegado afirmou que ainda não pode dar mais detalhes de diligências futuras, mas garante que a análise da documentação requisitada ao hospital pode esclarecer se há mais pessoas envolvidas no caso.

O médico que atendeu Andressa em outras ocasiões e que efetuou a retirada do hidrogel antes da internação no Hospital Conceição, ainda em 21 de novembro, também vai ser ouvido pela Polícia. Ele não compõe o quadro de médicos do Conceição, mas em nota garante que está acompanhando de perto o quadro da modelo: “no dia 21 ela fez o procedimento para a retirada dos resquícios do produto, que já havia sido removido em julho. Como ela relatou dores e inchaço, abrimos um ponto para drenar a inflamação no dia 28. Ao longo do final de semana, ela piorou em virtude de um “germe” que entrou na corrente sanguínea”, relatou o profissional, em nota oficial.

Já o Hospital Conceição reforçou, no comunicado divulgado na tarde desta quinta-feira, que nenhum tratamento especial está sendo dado a Andressa dentro da UTI. A nota esclarece que todos os 59 leitos da unidade são individuais e permitem isolamento do paciente. A nota ainda deixa claro que houve “mudança na rotina da unidade” com o objetivo de manter a privacidade e a proteção de uma paciente em risco e de “grande atenção da imprensa e público em geral”. Quanto à presença de acompanhantes, o hospital ressaltou que outros pacientes também fazem uso desse artifício, o que no caso de Andressa foi considerado importante para a recuperação do quadro.