Prêmio literário Man Booker perde seu patrocinador
Célebre distinção do mundo das letras era financiada desde 2002 pelo Man Group
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A interação entre o mundo literário e a empresa, contudo, nem sempre foi das mais amigáveis. Há alguns anos, a relação piorou por causa de mudanças nas regras. Originalmente exclusiva para autores britânicos, irlandeses ou da Comunidade das Nações (Commonwealth), a partir de 2014, a disputa passou a aceitar escritores de outros países. Desde então, dois norte-americanos foram homeageados: Paul Beatty, em 2016, com "The Sellout", e George Saunders, em 2017, com "Lincoln no limbo: Um romance". Críticos à mudança argumentam que a medida apagou a essência.
O Man Group tornou-se patrocinador da láurea em 2002, estimando-se que tenha doado 25 milhões de libras (quase 29 milhões de euros) à fundação. De acordo com o editor de cultura da BBC, Will Gompertz, as relações entre a fundação e o grupo financeiro eram tensas porque o patronicador se sentia menosprezado. Em comunicado, o diretor executivo da empresa, Luke Ellis, anunciou que vai passar a aplicar os recursos que destinava ao prêmio a uma campanha visando a inclusão nos quadros da empresa de minorias étnicas ou com um perfil atípico para o mundo financeiro.