Quase 50 festivais de música se comprometem com igualdade de gênero
Iniciativa prevê que headliners, júris e comissões estejam compostos por, ao menos, 50% de mulheres
publicidade
Estes 46 eventos, na Europa e nos Estados Unidos, se comprometeram que seus headliners, júris e suas comissões estejam compostos por, ao menos, 50% de mulheres. Oito já haviam feito isto anteriormente, entre eles Iceland Airwaves, Reykjavik Rock and Electro Festival e The Great Escape em Brighton, no Reino Unido. Agora, trinta e oito se uniram à iniciativa.
Na França, integraram a iniciativa o Gilles Peterson's Worldwide Festival de Sète e o Midem, um importante evento anual para a indústria da música. Também se somaram o BBC Proms, um festival de verão de música clássica de Londres, e a A2IM, uma associação americana de música independente em Nova Iorque. Do Canadá, integram a lista iniciativas como a Canadian Music Week em Toronto.
Mas a iniciativa de gênero não inclui muitos dos festivais de música mais famosos, que muitas vezes apresentam apenas homens como headliners. O Coachella, por exemplo, o festival americano mais famoso, tem somente uma mulher, Beyoncé, entre os três headliners, em abril. E nenhuma mulher esteve entre os três principais nomes do Glastonbury em 2017, que é realizado a cada dois anos.
A campanha surge em um contexto em que cada vez mais surgem vozes para denunciar o sexismo institucional na indústria do entretenimento e em outros setores culturais. Várias mulheres do mundo da música expressaram sua indignação depois que Neil Portnow, presidente da Academia americana de Gravação, que organiza o Grammy, disse que as artistas deveriam "dar um passo à frente" para aumentar sua presença entre os premiados.