Quatro grafiteiros estão entre os artistas contemporâneos mais vendidos do mundo

Quatro grafiteiros estão entre os artistas contemporâneos mais vendidos do mundo

Banksy, Keith Haring, Shepard Fairey, Kaws figuram na lista do relatório anual da Artprice

AFP

Shepard Fairey aparece em terceiro na lista

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Pela primeira vez na história, quatro grafiteiros estão entre os dez artistas contemporâneos mais vendidos do mundo, segundo o relatório anual da Artprice, divulgado nesta quarta-feira. Eles são Keith Haring, Shepard Fairey, Kaws e o polêmico Banksy, cuja identidade real é desconhecida. O documento destaca que a arte contemporânea foi a "locomotiva" do mercado mundial no segmento entre julho de 2016 e junho de 2017, com um volume de negócios que aumentou 3,2% em um ano, chegando a 1,58 bilhão de dólares.

Embora Banksy e Haring já tivessem aparecido anteriormente entre os dez primeiros, é a primeira vez que quatro grafiteiros entram nessa lista, o que mostra que a "street art" (arte urbana) é um dos "setores mais dinâmicos do mercado da arte atual", segundo a Artprice. "Enérgica e inventiva, popular e midiática", este tipo de arte "seduz um número crescente de colecionadores".  "Estes artistas se adaptaram ao comércio da arte, como o comércio da arte se adaptou a eles. Suas obras circulam tanto nas redes sociais como nas galerias e salões de vendas", disse o relatório do líder mundial de bancos de dados sobre os índices da arte.

O interesse pelos grafiteiros se estende até a nova geração: os brasileiros Osgemeos (Otavio e Gustavo Pandolfo) bateram um novo recorde com sua obra "Untitled", vendida em novembro passado em Nova Iorque por 310 mil dólares a preço de martelo, ou seja, sem comissões. O nova-iorquino Kaws também multiplicou seus resultados, chegando a 410 mil dólares, com a escultura "Seated Companion", leiloada em Hong Kong em maio passado.

Arte moderna, o peso-pesado

Por outro lado, a Artprice destacou que a evolução do mercado contemporâneo (artistas nascidos depois de 1945) foi acompanhada da subida dos preços das vendas. O montante médio para uma obra contemporânea (pintura, escultura, desenho, instalação, etc) foi de 27 mil dólares, em comparação com 26 mil durante o exercício anterior. A arte moderna (artistas nascidos entre 1860 e 1920) continua sendo "o peso-pesado do mercado", mas a arte contemporânea "desempenha agora o papel de locomotiva".

Por países, os Estados Unidos concentraram 43,8% do mercado, a China 23,5%, seguida pela Grã-Bretanha (22,1%).
Por casas de leilões, a americana Sotheby's "domina o mercado da arte contemporânea internacional", com 541,6 milhões de dólares em transações, na frente da concorrente britânica Christie's (421,3 milhões) e da Phillips (191,4 milhões). A liderança da Sotheby's se deve, em parte, aos 110,5 milhões de dólares que o colecionador japonês Yusaku Maezawa pagou em maio por uma criação de Jean-Michel Basquiat, "Untitled", desde então a obra mais cara da arte contemporânea.

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