“Quero que minha música chegue ao coração das pessoas”, diz Ludmilla

Se houve alguém que se destacou na última noite do Rock in Rio, a das mulheres, no domingo passado, este alguém foi Ludmilla, que se apresentou no Palco Sunset como se estivesse no Palco Mundo. Esta cantora e compositora negra de 27 anos, natural de Duque de Caxias, é uma das grandes afirmações da música brasileira na última década. A diva do pop brasileiro que flerta com todos os gêneros, do funk ao pagode, do soul ao r&b estará presente em Porto Alegre neste sábado, 17 de setembro, às 22h, no Pepsi On Stage (Avenida Severo Dullius, 1995).  

A segunda edição do Rolê Fest apresenta: "Rolê com a Lud”, com show da artista e ingressos à venda na Sympla. A primeira edição do Rolê Fest foi em 20 de abril com show de Glória Groove. Ludmilla traz a turnê de “Socadona”, no qual não faltarão hits como “Cheguei”, “Din Din Din”, “Maldivas” e “Rainha da Favela”, que acumulam milhões de plays nas plataformas digitais. Ela também mostra músicas do EP “Back to Be” (2022) e do disco “Numanice #2” e “Numanice#2 (Ao Vivo”), ambos de 2022.

Cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz e empresária, Lud começou sua carreira sob o nome artístico MC Beyoncé com hits virais como “Fala de Mim”. Em 2013, assinou contrato com a Warner Music e lançou seu primeiro disco, “Hoje”. Em 2016, foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa no ano seguinte com o disco “Hoje”. No mesmo ano se tornou a primeira mulher negra da América Latina a ultrapassar 1 bilhão de streams no Spotify.

Quando perguntada se tem um sonho de feat na carreira, ela não nega que ainda quer cantar junto com Beyoncé. Nesta entrevista ao Correio do Povo, ela fala um pouco do atual momento da carreira e da mensagem que vem passando ao seu público.

Correio do Povo: A primeira pergunta não podia ser outra, como tu sentes o momento da tua carreira depois do apoteótico show de Palco Mundo no Sunset, no Rock in Rio, no domingo das mulheres, do empoderamento, de tudo o que a Ludmilla representa para a música e para as mulheres brasileiras?

Ludmilla: Sinto como se fosse o momento da colheita…a gente planta tanto em trabalho… Sempre dei o meu melhor profissionalmente, porque é o que de fato amo fazer e, poder chegar neste momento, levando representatividade é ainda mais gratificante.

Correio do Povo: Por falar em empoderamento de uma mulher negra, que veio da favela, que já ganhou o mundo e mostra destreza nas composições em todos os gêneros musicais, a pergunta é onde tu queres chegar com a tua música?

Ludmilla: No coração das pessoas. Amo ouvir: “Lud, essa música é a minha história todinha, sem tirar nem pôr”. Vocês não têm noção do combustível que isso é para mim. E acho que dessa forma, a música vai alcançando cada vez mais pessoas e isso faz de mim uma artista muito realizada e feliz.

Correio do Povo: No show do Rock in Rio e em outras apresentações, o mais legal é ver que o coração está em dia. Além de “212” e “Maldivas”, que tem inspiração direta da Brunna Gonçalves, quais são as tuas inspirações atuais para compor?

Ludmilla: Ah! Vocês tão vendo? Risos! Além da Bru, me inspiro em muitas situações que vejo, que meus amigos vivem ou me contam, enfim…tudo o que fico sabendo e que acho que o enredo dá uma boa música.

Correio do Povo: O público de Porto Alegre e do RSul é enlouquecido pela Lud. Como vai ser o repertório, figurinos, cenários (queremos saber tudo) do Rolê com a Lud no Pepsi On Stage?

Ludmilla: Prometo muitos hits, mas o resto é surpresa, vai….

Correio do Povo: O que é mais legal na tua carreira é que a galera nunca sabe o que vem por aí. Depois do EP “Back to Be” e de “Numanice (Ao Vivo)”, o que está reservado para o teu público?

Ludmilla: Vem aí um novo álbum. Uma nova era bem renovada, com muitos conceitos e também alguns novos ritmos. Aguardem!

Correio do Povo: Para fechar, Ludmilla sempre tem algo a dizer para o seu público. Queria uma mensagem de alento para o momento do país?

Ludmilla: Que a gente sempre faça o melhor que pudermos e que a esperança nunca se perca.