Richard Gere ataca Trump durante o Festival de Berlim
Ator acusou o presidente norte-americano de espalhar o medo e promover crimes racistas
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Ao apresentar o filme, dirigdo por Oren Moverman sobre dois casais confrontados aos crimes de seus filhos, Gere também denunciou a amálgama que Donald Trump fez entre os termos "terrorista" e "refugiados", principalmente através do polêmico decreto migratório, cuja suspensão foi mantida pela Suprema Corte de apelações na noite de quinta. "Hoje, nos Estados Unidos (terroristas e refugiados) significam a mesma coisa", lamentou o ator, para quem esta associação de ideias "é a pior coisa feita por Trump".
"Antes tínhamos empatia por um refugiado. Era alguém a quem dávamos atenção, queríamos ajudar, a quem queríamos dar um telhado", declarou o galã, conhecido por defender os direitos Humanos e a causa tibetana. "Infelizmente, temos líderes que atiçam o medo, e esse medo nos leva a fazer coisas terríveis", insistiu. Este tema também está no centro de "The Dinner", que começa como uma refeição comum entre dois irmãos muito opostos e suas esposas antes de se transformar em grande questionamento moral sobre a família e os valores.
Os quatro precisam chegar aos termos sobre as consequências de um crime cometido pelos filhos de ambos os casais. Gere faz um candidato a governador que pode perder tudo se o caso vier à tona. Richard Gere interpreta um político com grandes ambições, ao lado de Laura Linney, Steve Coogan e Rebecca Hall. Um dos títulos mais pop da atual edição da Berlinale, o título teve recepção fria em sua sessão para a imprensa: foi aplaudido sem euforia. "É um filme sobre o medo, e como o medo leva as pessoas a cometer coisas", comentou Gere. Questionado sobre o que faria caso fosse convidade para um jantar com Trump, ele cravou que não estaria presente.