Rio Grande do Sul produz dois tipos de queijo artesanal

Rio Grande do Sul produz dois tipos de queijo artesanal

Espaço Cultural Correios oferece exposição dos alimentos até dia 25

Thamara de Costa Pereira

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O queijo é um dos raros alimentos que combina com quase tudo. Praticamente uma unanimidade, assenta perfeitamente com pães, massas e molhos. Se no verão a parceria é com a cerveja, no inverno a harmonização fica com um bom vinho. Os franceses com mais de 400 tipos de queijos são referência internacional com o camembert (macio e cremoso), o queijo brie (macio e sabor forte) e o roquefort (leite de ovelha sem casca).

Não menos importantes, os queijos italianos são populares no Brasil. O mozarela e o parmesão são os mais conhecidos e fazem parte da dieta do brasileiro, especialmente, nas regiões de colonização italiana. Tem também o gorgonzola que pode ser firme ou amanteigado, mas sempre salgado. Ainda da Itália vem o ricota e o provolone. O ricota tem textura similar ao queijo cottage, porém mais leve e é feito do soro resultante da fabricação de queijos como mozarela e provolone. Os nacionais incluem minas, prato, catupiri, requeijão, colonial e os regionais, como o queijo artesanal serrano.

Artesanais gaúchos

No Rio Grande do Sul, são produzidos dois tipos de queijos artesanais. “O artesanal serrano, elaborado em 16 municípios dos Campos de Cima da Serra, a partir de leite de vaca criada em pastagem nativa, e o colonial, produzido em todo Estado, preparado com leite de vaca de raças leiteiras, como Jersey e Holandesa alimentadas com pastagem, silagem e ração”, esclarece o assistente técnico da Emater João Carlos Santos da Luz.

Conforme ele, “a textura do produto depende do tipo de alimentação que a vaca ingere, de aspectos vinculados ao meio onde são produzidos e principalmente dos fermentos lácteos que existem no leite, que determinarão odor, sabor e consistência do queijo durante o processo de maturação”.

Para resgatar a história e valorizar o produto serrano, o projeto “Queijo Artesanal Serrano – Identidade Cultural nos Campos de Cima da Serra” lançou um livro e uma exposição fotográfica no Espaço Cultural Correios Porto Alegre (Rua 7 de Setembro, 1020, térreo do Memorial do Rio Grande do Sul). A visitação da mostra vai até 25 de agosto.

O chef do Hashi e do Um Bar&Cozinha Carlos Kristensen defende a produção nacional. Ele acredita que já é tempo de os queijos produzidos no país serem reconhecidos como merecem. Entre eles, o chef destaca “os diversos queijos da Serra da Canastra, o queijo Tulha, o Giramundo de São Paulo e o Serrano aqui do Sul”. Conforme Kristensen, o importante é que sejam artesanais e mantenham a diversidade. “Aí está a grande riqueza cultural do nosso país”.

Conservação

Queijos de massa dura e semidura devem ser conservados em temperatura ambiente, sobre tábuas, preferentemente de araucária, e devem ser virados diariamente. Se for conservado em geladeira, o local adequado é a caixa de verduras, acondicionado em filmes plásticos. Já os queijos de massa mole precisam de ambientes com maior umidade do ar e temperaturas menores.

Harmonização

Ao harmonizar com vinhos, a regra é que queijos suaves, minas, brie e camembert combinam com vinhos brancos, como riesling, suavignon blanc e chardonay. Os queijos mais fortes, como parmesão, grana, serrano ou colonial maturados, harmonizam com vinhos tintos secos mais encorpados, como pinot noir, cabernet suavignon, tanat e malbec.

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