Roma reúne artistas famosos e emergentes em sua primeira feira de arte contemporânea

Roma reúne artistas famosos e emergentes em sua primeira feira de arte contemporânea

A primeira edição da feira, aberta ao público de 19 a 21 de novembro, traz pinturas, esculturas, instalações e vídeos

AFP

Mais de 150 galerias de arte apresentam cerca de 500 artistas na primeira feira de arte contemporânea realizada em Roma sob o lema "Arte in Nuvola"

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Mais de 150 galerias de arte apresentam cerca de 500 artistas - veteranos e jovens talentos - na primeira feira de arte contemporânea realizada em Roma sob o lema "Arte in Nuvola", (Arte na Nuvem). 

No imponente e moderno espaço concebido pelo arquiteto Massimiliano Fuksas, onde recentemente se celebrou a cúpula do G20 e depois de ter servido de centro de vacinação anticovid, "Nuvola" reúne artistas de várias gerações e de várias tendências. 

Uma espécie de exposição sobre o estado de saúde da arte moderna na Itália após a pandemia, que também pretende se tornar uma referência para galeristas, colecionadores e diretores de museus.

A primeira edição da feira, aberta ao público de 19 a 21 de novembro, idealizada e dirigida por Alessandro Nicosia, com direção artística de Adriana Polveroni, traz pinturas, esculturas, instalações e vídeos.

"Queremos preencher um vazio que Roma tinha", diz Nicosia, ao reconhecer indiretamente a ausência por anos de um movimento artístico e cultural mais vanguardista na capital italiana.

Um enorme cubo de ferro preto coberto com pedaços de carvão, idealizado nos anos 1970 pelo grego radicado em Roma Jannis Kounellis, falecido em 2017, um proeminente mestre da Arte Povero, lembra aos visitantes que a arte vai além do comércio e pode nascer de materiais considerados pobres: carvão, terra, lixo.

Nos 7.000 metros quadrados de exposições, as instalações causam deslumbre: os homens sem cabeça de Donato Piccolo, a pintura digital de David Maria Coltro com suas paisagens em constante mutação ou o vídeo sensorial da jovem Pamela Diamante. 

A perturbadora fragilidade da natureza e das espécies inspira muitos artistas, que criam vídeos e esculturas sonoras como "Marta e o Elefante" de Stefano Bombardieri, cujos elefantes e hipopótamos suspensos são uma metáfora da condição humana.

Também não falta arte que denuncie o drama ecológico por meio do mapa-múndi do artista russo Iakovos Volkov, feito com materiais encontrados em lixões e ruas, com montanhas de roupas, aerossóis vazios e bichos de pelúcia. 

Para o francês Cyril de Commarque, entre os artistas estrangeiros convidados, que vive em Roma depois de anos em Londres e Berlim, a feira romana é um grande desafio.

"Acho que para uma pessoa que cresceu em Roma é mais difícil abandonar as referências clássicas para se expressar de forma contemporânea", comentou à AFP em frente à  sua instalação "The Goddess of All Things".

Feita com material reciclado, esculpida em parte por um robô, a instalação De Commarque, com um enorme ovo aberto de onde sai uma grávida, é uma moderna alegoria do nascimento. 

O país convidado para esta primeira edição é Israel, que selecionou um grupo de 17 artistas, que abordam as múltiplas facetas da realidade à sua maneira, com diferentes origens, culturas e etnias da drusa Fatma Shana ao etíope Michal Mamit Worke.


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