Royal Opera House de Londres defende cena de estupro vaiada

Royal Opera House de Londres defende cena de estupro vaiada

Passagem mostra brutal realidade das mulheres violentadas em guerra

AFP

Cena de Guilherme Tell foi vaiada

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A Royal Opera House de Londres defendeu nesta quarta-feira uma cena de "Guilherme Tell" que recria o estupro coletivo de uma mulher, depois que a encenação foi recebida com grandes vaias. A cena foi "indesculpavelmente desagradável", afirma a crítica do jornal The Times, que aprovou as vaias e deu apenas uma estrela de quatro possíveis para o espetáculo. A irritação dos espectadores durou mais de um minuto e obrigou a orquestra a interromper a música da ópera de Gioachino Rossini.

A crítica do jornal The Guardian descreveu a cena como "lascivamente voyeurística" e "completamente desnecessária", enquanto o jornal The Telegraph destaca que "estava em flagrante contradição com o espírito da música".

O diretor da Royal Opera House, Kasper Holten, defendeu a cena forte, mas decidiu fazer um alerta aos espectadores das próximas apresentações. "A produção inclui uma cena que coloca o foco na brutal realidade das mulheres violentadas em tempos de guerra", afirma Holten em um comunicado.

"Não há planos para mudar a encenação. De todos os modos, vamos adotar medidas para avisar a plateia sobre as cenas de violência sexual e nus", completou. A versão de "Guilherme Tell" da Royal Opera House tem como diretor o italiano Damiano Micheletto.

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