Sessão aberta encerra 44ª Mostra de São Paulo

Sessão aberta encerra 44ª Mostra de São Paulo

Evento cinematográfico internacional termina na capital paulista nesta quarta com sessão presencial no Parque do Ibirapuera

AE

Filme "Glauber, Claro", com roteiro e direção de César Meneghetti, aborda o genial cineasta baiano

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A 44ª Mostra termina nesta quarta-feira, 4, com uma sessão presencial no Parque do Ibirapuera. Serão anunciados os vencedores dos prêmios do júri oficial, do público e da crítica. Como sempre haverá a repescagem e, portanto, o cinéfilo disporá de mais alguns dias para assistir a títulos que marcaram a edição. Nesse ano tão atípico, por causa da pandemia, a Mostra foi quase toda remota. O cinema brasileiro cravou quatro filmes, mais duas coproduções internacionais, na seleção do público que pautará a escolha do júri. Está chegando a hora de saber quem levará o troféu Bandeira Paulista de 2020.

Beto Brant e Renato Ciasca produzem e César Meneghetti dirige o documentário Glauber, Claro. O filme evoca os anos em que Glauber Rocha (1939-1981) viveu na Itália, entre 1970 e 76. Em 1975, ele apresentou seu penúltimo filme, Claro. Depois disso, ainda fez A Idade da Terra e indignou-se quando o filme perdeu o Leão de Ouro em Veneza.

Glauber, Claro é 10. Não apenas ilustra o método de Glauber por meio de atores e técnicos que participaram daquela filmagem, como ilumina o próprio cinema italiano da época. Marco Bellocchio, Pier Paolo Pasolini (assassinado em 1975), Bernardo Bertolucci, Carmelo Bene. É toda uma época que aparece na tela, recriando um momento em que a política dava as cartas no cinema de autor e artistas como Glauber usavam a câmera para contestar o imperialismo.

Os anos libertários. Sexo, drogas. Um ator conta que o que menos importava era o filme. O que valia era a experiência, todos na mesma pegada de crítica ao poder econômico e política. /L.C.M.


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