Sindicato dos Atores acusa Oscar de intimidação para ter exclusividade de apresentadores
Instituição afirma que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas age de maneira "ultrajante e inaceitável"
publicidade
"Recebemos vários relatos dessas atividades e experimentamos em primeira mão as táticas de pressão sem graça da Academia e tentamos controlar o canal de talentos. A temporada de premiações é um momento muito especial em que atores e atrizes estão sendo apropriadamente celebrados e reconhecidos pela excelente qualidade dos prêmios. Esperamos que a Academia honre esses objetivos", lê-se no texto. O sindicato, que sediará seu prêmio em 27 de janeiro no Shrine Auditorium, em Los Angeles, continuou: "Esta intimidação limita suas oportunidades de serem vistas e honrar o trabalho de seus companheiros. Os atores devem ser livres para aceitar qualquer oferta para participar das celebrações da indústria. A aparente tentativa da Academia de manter os membros presentes em suas próprias premiações é totalmente ultrajante e inaceitável", completa.
O Sindicato ainda diz que seu prêmio apoia "importantes programas de assistência beneficente que fornecem apoio valioso aos artistas" e pede que "a Academia a cesse essa ação inadequada". Um conflito semelhante, segundo o The Hollywood Reporter, ocorre entre os produtores do Globo de Ouro e do Oscar. Pessoas próximas à produção do primeiro estão furiosas porque a Academia interferiu no recrutamento de apresentadores na cerimônia da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que ocorreu em 6 de janeiro. Margot Robbie estaria entre os atores que escolheram o Oscar em detrimento do Globo de Ouro, de acordo com o Hollywood Reporter, que também informou que a Academia provavelmente contará com um "elenco rotativo de estrelas" para introduzir segmentos em vez de um tradicional anfitrião.
Scott Feinberg, do The Hollywood Reporter, escreveu na semana passada que os produtores do Oscar estão "alinhando a aparição de membros renomados da franquia 'Os Vingadores', da Marvel, muitos dos quais supostamente também foram solicitados para não apresentar o Globo de Ouro". A medida pode ser vista com mais cinismo neste ano, dados os esforços claros da Academia para aumentar a audiência. Em agosto do ano passado, ela já havia anunciado que limitaria a cerimônia televisionada a três horas e criaria uma nova categoria reconhecendo as realizações em filmes populares para “manter o Oscar e nossa Academia relevantes em um mundo em mudança".