Soon-Yi Previn sai em defesa do marido, Woody Allen
Esposa do cineasta fala pela primeira vez sobre as acusações contra ele
publicidade
Foram suas primeiras declarações públicas sobre a briga familiar entre o famoso diretor e a família Farrow. Depois de descobrir que sua filha adotiva de 21 anos estava se relacionando com Allen, que era há anos seu companheiro, Farrow acusou o diretor de tocar os genitais de sua filha adotiva Dylan Farrow, que tinha então sete anos. Após investigá-lo, a Justiça não encontrou provas suficientes para indiciá-lo.
As acusações contra Allen, que dividiram a família, foram reinterpretadas sob a luz do movimento #MeToo: muitos que antes não acreditavam em Mia Farrow e em sua filha Dylan - que afirma recordar ter sido abusada sexualmente por seu pai - passaram a acreditar. Mas Previn assegura que sua mãe adotiva "tirou proveito do movimento #MeToo e fez Dylan desfilar como uma vítima".
"Sou um pária", afirma Allen, de 82 anos, na entrevista à jornalista Daphne Merkin, amiga do cineasta há quatro décadas. "As pessoas acham que eu era o pai de Soon-Yi, que eu a estuprei e me casei com minha filha menor de idade retardada", declara Allen.
Desde o início do movimento contra o abuso e assédio sexual, uma onda de atores e atrizes pediram desculpas por terem trabalhado com Allen, a quem muitos críticos e fãs desertaram. Previn, que nasceu na Coreia do Sul e foi adotada aos seis anos por Mia Farrow, assegura que quase não tem boas recordações com sua mãe adotiva. Ela relata que, quando criança, a atriz batia nela e que, às vezes, a colocava de cabeça para baixo para que o sangue fosse para a cabeça e, assim, ajudasse a ser mais inteligente.
Dylan Farrow, seu irmão Ronan - o jornalista que revelou vários escândalos de agressão sexual na revista "The New Yorker" - e outros seis de seus irmãos publicaram no domingo um comunicado conjunto apoiando sua mãe. "Amamos e apoiamos nossa mãe, que sempre foi carinhosa e generosa. Nenhum de nós presenciou outra coisa que não fosse um tratamento compassivo em nossa casa e, por isso, os tribunais garantiram a nossa mãe a guarda total de todos os seus filhos", apontaram.