STF julga ações que podem encerrar batalha entre músicos e Ecad

STF julga ações que podem encerrar batalha entre músicos e Ecad

Artistas como Emicida, Frejat e Marisa Monte fizeram lobby para a manutenção da legislação nos últimos anos

AE

Lei tem o apoio de uma parcela importante da classe artística

publicidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta quinta-feira duas ações de inconstitucionalidade que questionam uma lei de 2013, a qual alterou o marco regulatório da gestão de direitos autorais no Brasil. O julgamento pode colocar fim a uma batalha que coloca em campos opostos músicos e o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos Direitos Autorais (Ecad).

Proposta pelo órgão e outras entidades, como a União Brasileira de Compositores (UBC), as ações têm como objetivo a derrubada da legislação, que, na prática, permitiu ao governo federal uma maior fiscalização do Ecad e o cumprimento das regras estabelecidas para o assunto. A lei, porém, tem o apoio de uma parcela importante da classe artística, que se reúne em torno do grupo Procure Saber. Nos últimos anos, músicos como Marisa Monte, Frejat e o rapper Emicida fizeram lobby junto aos ministros do Supremo para defender a manutenção da legislação.

Aprovada em 2013, após a CPI do Ecad no Senado, as novas regras mudaram radicalmente a gestão do órgão, responsável por fiscalizar meios que fazem uso de música no País - de emissoras de rádio a casas de show, de canais de TV a supermercados. Ao receber dessas empresas as taxas que são pagas por essas execuções, o Ecad fica com uma porcentagem de administração e repassa o restante aos autores associados. 

Muitos compositores achavam, porém, que deveriam ganhar mais e acusam o escritório de faltar com transparência no repasse. As ações têm como relator o ministro Luiz Fux. Em 2014, ele convocou uma audiência pública para debater o assunto.

Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895