"The Walking Dead" retorna à TV com seu 100º episódio e promessa de muita guerra
Oitava temporada da série iniciou no domingo com cenas de ação e narrativa não-linear
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Atenção, se você não quer receber spoilers ou ainda não chegou está no ano atual do seriado, pare por aqui.
A volta do megasucesso da AMC à telinhas começou com a consolidação do poder, à medida que ao grupo de sobreviventes de Alexandria liderados por Rick se uniram Maggie e seus companheiros do Hilltop, juntamente com o rei Ezequiel e seus súditos do Reino. Em um discurso entusiasmado, Rick define os termos do conflito por vir. A parte mais esperançosa foi deixada para o final: “Não quero esperar mais. Nem vocês. Então não temos mais que esperar. Se começarmos o amanhã, não importa o que vier, nós venceremos. Nós já vencemos”, disse o ex-xerife.
E então que ele ataca o Santuário, realizando uma espécie de cerco. Lá, se passou um dos momentos que mais deixou os fãs aflitos: a oportunidade que Rick teve de matar Negan. Na batalha, o protagonista atirou incessantemente contra seu nêmesis, que se escondeu. Sem conseguir atingi-lo, foi convencido por Gabriel a deixar o local, já que os zumbis estavam chegando. O Padre, porém, não seguiu o próprio conselho e buscou refúgio atrás de uma porta, onde justamente se encondia Negan, que o recebeu com sua tradicional ironia: "Espero que esteja com sua calça de cagar. Espera que a esteja usando agora, porque está prestes a cagar nela".
Também surgiram no episódio cenas em que o pai de Judith e Carl vislumbra um futuro muito melhor que o presente. Nesses momentos, ele surge barbudo, de bengala, vivendo em uma versão paradisíaca de Alexandra ao lado de Michonne. Essa sequência faz uma uma referência aos quadrinhos originais de Robert Kirkman, cujo 22º volume da história, que leva o nome de “A New Beginning”, se passa dois anos após a guerra contra Negan.
Falando sobre essa relação, o diretor Greg Nicotero comentou ao site "The Insider" que "o que adoramos fazer no show às vezes é dar ao nosso público algumas pistas para um enigma e permitir que eles comecem a interpretar o que tudo significa". "Penso que a ideia de que estamos entrando na guerra, a oportunidade de ter um vislumbre do que a vida pode ser depois da guerra é muito boa. É por isso que eles estão lutando. Eles estão lutando por essa vida, então eu acho que é importante sempre poder dar ao público poucas informações e permitir que eles comecem a descobrir quais são os detalhes", analisou.
Se um futuro positivo no mundo pós-apocalítico de "TWD" for realmente acontecer, será apenas após muito sangue e mortes importantes. Em entrevista ao site "Entertainment Weekly", o ator Andrew Lincoln, que vive Rick na trama, falou o que esperar da série. "É maior do que jamais inventamos. O que os roteiristas tentaram construir narrativamente é uma montanha russa nesta temporada. É a vida real, mas ancorada no que eu penso ser algumas das maiores mortes que já tivemos que lidar. E a segunda parte acredito que seja ainda mais sinistra e profunda e mais conectada do que já fizemos".
Lincoln também afirmou que "o elenco é a cola que tem mantido a série unida e nesta temporada tem trabalhado mais duro do que eu já vi qualquer ser humano trabalhar". "E eu quero que essa série seja o melhor para os atores, pelo que eles fizeram. E, claro, os fãs. Quero que esta seja a melhor temporada que já fizemos", analisou. "O discurso que Rick dá ecoa o que estava em minha cabeça no final da temporada passada, que é o fato dele já ter vencido porque eles estão livres. Acho que é o maior esforço dele, porque há um plano elaborado que será revelado nos próximos episódios", finalizou o artista.
