Tiff tem cinema, negócio e estrelas

Tiff tem cinema, negócio e estrelas

Um dos mais importantes festivais do gênero vai até dia 18

Marcos Santuário

Entre as atrações estão os principais lançamentos mundiais, incluindo o brasileiro "Aquarius"

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Não é de hoje que o Festival de Toronto é vitrine de exibições e de negócios no universo cinematográfico. Ao completar 40 anos, em 2015, o Tiff deste ano abre com “Sete Homens e um Destino”, de Antoine Fuqua (EUA), em première mundial, e mostra nas telas da cosmopolita cidade os filmes que devem fazer parte das principais estreias mundiais dos próximos meses.

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Fuqua refilmou o clássico faroeste “Sete Homens e um Destino” (1960), que, por sua vez, é um remake de “Os Sete Samurais”, de Akira Kurosawa. Na trama, os habitantes de um pequeno vilarejo sofrem com os constantes ataques de bando de pistoleiros. Revoltada com os saques, Emma Cullen (Haley Bennett) deseja justiça e pede auxílio ao pistoleiro Sam Chisolm (Denzel Washington), que reúne um grupo de especialistas para contra-atacar os bandidos.

Mas este é apenas um dos enredos que vai povoar a cinematografia em Toronto até o próximo domingo, dia 18, quando termina evento com “The Edge of Seventeen”, da diretora Kelly Fremon Craig. São centenas de filmes, originários de diversos países, em sessões que começam ao redor de 8h e terminam por volta de 2h do dia seguinte. Impossível assistir a todos os filmes do Tiff, mas necessário criar roteiro, que pode incluir as principais produções que deverão estar na festa do Oscar do ano que vem.

Dois dos principais destaques latino-americanos vêm do Brasil e do Chile. “Neruda”, de Pablo Larraín, causou furor no Festival de Cannes deste ano. A produção está ambientada em 1948, quando, em meio à Guerra Fria, começa uma perseguição política ao poeta chileno, que acusa o governo do presidente Gabriel González Videla (Alfredo Castro) de trair o partido comunista. Convertido em fugitivoe acompanhado por sua esposa, Delia del Carril (vivida pela argentina Mercedes Morán), Neftalí Reyes escreve seu “Canto General”, enquanto é procurado pelo detetive Óscar Peluchonneau (Gabriel García Bernal). A clandestinidade é utilizada pelo poeta como um mecanismo para reinventar-se, ser aclamado e transformar-se em um símbolo. Para isso, contribuem os intelectuais europeus que pedem sua liberdade (sob a batuta de Pablo Picasso).

Já o brasileiro “Aquarius”, de Kleber Mendonça, ganha as telas do Tiff para mostrar o filme que também moveu Cannes, com a presença da diva Sônia Braga. Recentemente apresentado na abertura do Festival de Cinema de Gramado, o filme recebeu aplausos efusivos e elogios à grandiosa atuação de Sônia. Na tela, ela vive Clara, a proprietária de apartamentos em um prédio que está para ser destruído em Recife. Resistente à transformação, ela enfrenta a construtora que quer transformar o local, enquanto vai resgatando situações familiares intensas. O diretor Kleber Mendonça, acompanhando a exibição em Gramado, foi só elogios para a presença da atriz em seu filme e enfatizou o papel fundamental de toda a equipe na realização do projeto. O Tiff será uma importante janela mundial para a trajetória do filme.

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