Três versões para obra de Tennessee Williams em cartaz em Porto Alegre
Público que conferir trabalho do grupo Teatro de Rotina assistirá a três espetáculos em um
publicidade
Em um momento em que as questões de gênero estão em alta, o coletivo paulista voltado à pesquisa de linguagem incursiona em uma investigação sobre os tempos afetivos. Após vários experimentos, chegou à troca de sexo: “o personagem feminino representado pelo homem ganhou eloquência, talvez porque o autor fosse um homossexual reprimido”, fala o diretor. O resultado ficou interessante e daí para a criação do casal feminino foi um passo natural, acrescenta. Para Leonardo, “trata-se da mesma peça, luz e texto, o que muda são os gêneros. A diferença está na forma como o público vê uma relação”.
No processo de criação foi observado que o elemento água era repetido à exaustão no texto, o que fez com os atores contracenassem em uma piscina rasa. Neste palco, um casal trava diálogo sobre as dores do amor e o abandono. “A água tem significados muito amplos, arquetípicos, psicanalíticos, é um elemento relacionado ao amor, sexualidade”, justifica Leonardo.