Uma semana da moda masculina muito feminina em Milão

Uma semana da moda masculina muito feminina em Milão

Moda masculina cresceu 3,4% graças à alta das exportações

AFP

Moda masculina cresceu 3,4% graças à alta das exportações

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Alberta Ferretti e Ermenegildo Zegna abriram nesta sexta-feira a Semana da Moda Masculina de Milão, que desta vez inclui treze desfiles mistos e dois femininos. Após a Semana de Moda de Londres, que terminou nesta segunda-feira, a capital da Lombardia recebe 28 desfiles de prêt-à-porter para a primavera-verão 2019 (além da marca Dolce&Gabbana fora do calendário oficial). Um dos desfiles puramente femininos, da estilista Alberta Ferretti, abriu o evento às 18:30h (13:30h no horário de Brasília).

O outro é da marca franco-finlandesa Aalto, programado para segunda-feira. "O calendário dessa edição responde aos desafios impostos pela dimensão mundial e fluida da moda", com mercado e semanas de moda em constante evolução, explica o presidente da Câmara de Moda italiana, Carlo Capasa. "A presença de coleções femininas no calendário é um sinal da centralidade de Milão no panorama das Fashion Weeks, como espaço de expressão criativa e centro de negócios", disse. Após anos difíceis, a indústria italiana da moda volta a sorrir. Seu volume de negócio aumentou no ano passado em 3,2%, a 94 bilhões de euros (109 bilhões de dólares), segundo números provisórios da Confindustria Moda, líder do setor que emprega 580.000 pessoas. A moda masculina cresceu 3,4% graças à alta das exportações (+5,2%), que representam 65,5% das vendas.

Programa reduzido

A primeira coleção masculina desta semana em Milão veio de Ermenegildo Zegna, que escolheu o palácio Mondadori, um magnífico edifício do século XX desenhado por Oscar Niemeyer, para apresentá-la. Diante de um incrível pôr do sol, os modelos desfilaram em uma passarela sobre a extensão de água que acompanha o palácio. Alessandro Sartori desenhou uma coleção muito contemporânea, que mistura um espírito "sport" e uma atenção ao detalhe e à qualidade dos materiais, como cashmere, crochê e seda.

Os casacos quadriculados são usados com calças listradas e vice-versa. O homem de Zegna também veste jaquetas bomber revisitadas. A coleção, com o logo XXX, apresenta variações de cáqui, rosa, azul pálido, ocre, amarelo e azul marinho. Com o desenvolvimento do "co-ed", como são chamados os desfiles mistos, e a preferência de algumas marcas por outro tipos de evento devido ao custo dos desfiles e à influência das redes sociais, essa semana de moda diminuiu em relação ao ano passado (32 desfiles).

Os grandes nomes da moda nacional são fiéis ao evento, como Versace e Dolce&Gabbana (sábado), Prada (domingo), Fendi e Giorgio Armani (segunda-feira). As marcas estrangeiras, como a Dsquared2 - dos gêmeos canadenses Dean e Dann Catten - e a Plein Sport, do alemão Philipp Plein, também vão participar do evento esse ano. Já a marca Dirk Bikkembergs vai se ausentar.

A estilista britânica Stella McCartney, que acaba de recuperar o controle de sua marca após se unir ao grupo Kering por 17 anos, volta às passarelas de Milão, após quatro anos de ausência, com um espetáculo misto. As estreias ficam por conta da Besfxxk - da dupla coreana Bona Kim e Jae Lim - e Vien, do estilista italiano Vincenzo Palazzo. Um dos destaques é Isabel Benenato, que seduz os amantes da moda desde janeiro com seu minimalismo sofisticado, e a marca M1992 do italiano Dorian Stefano Tarantini, que veste o rapper Kendrick Lamar e a cantora Rihanna e reivindica a "degeneração do luxo".

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