Vera Fischer brilha em Gramado

Vera Fischer brilha em Gramado

Atriz de 73 anos recebe na noite desta quarta-feira o troféu Cidade de Gramado, no Palácio dos Festivais, no intervalo entre as sessões noturnas

Adriana Androvandi

Em coletiva de Imprensa, a atriz Vera Fischer, homenageada pelo "Troféu Cidade de Gramado", falou sobre a carreira e sobre o assédio sofrido na indústria do entretenimento

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A atriz Vera Fischer, 73 anos, receberá na noite desta quarta-feira, o troféu Cidade de Gramado. À tarde, em entrevista à imprensa, a artista relembrou momentos importantes da sua carreira. Catarinense, com 17 anos ela foi eleita miss e começou uma trajetória em que sempre disse a si mesma: vou vencer, vou seguir. "Aquela menina é esta mulher", declarou.

Sobre seu início no cinema, ela lembra do filme “Búzios”, feito em parceria com o ex-marido, Perry Salles, e que foi bastante elogiado pela crítica à época. “Este filme se perdeu”, lamenta. Ela também cita cineastas com quem trabalhou e fez parcerias, como Walter Hugo Khouri, Arnaldo Jabor e Neville d'Almeida. Já esteve em Gramado várias vezes, mas em competição só com o filme “Doida Demais”, de Sérgio Rezende (1989).

Atualmente Vera se dedica mais ao teatro e plataformas de streaming. “Não tenho saudades de fazer novelas”, confessou. Ela ficou por 48 anos na Globo e conta que nos últimos anos ficou um pouco no ostracismo, não porque quisesse, mas porque não a chamavam para trabalhos. “Fiquei magoada”, revelou.

Se aparecer um papel interessante, ela não descarta um retorno à TV. Entre atores com quem trabalhou, ela destaca que contracenar com José Wilker a deixava encantada. “Sinto saudade do José Wilker, ele recitava poemas, tinha muita cultura”, lembra.

“Passei por muito assédio, mas naquela época não se falava sobre isso. Como sou uma pessoa engraçada, meio infantil, eu tinha umas saídas engraçadas. Nunca sucumbi”, disse. Entre as estratégias para fugir de certas situações, conta que falava ao assediador que estava menstruada. “Vem tanto sangue, você tem problema com sangue? Eles ficavam enojados”, lembra. Entre os próximos projetos, está o de uma cinebiografia de sua vida. Ela também se diz pronta para convites de novos papéis. A artista se disse feliz e orgulhosa pelo prêmio e destacou a resistência do festival em realizar a edição neste ano, após tudo o que o RS passou.


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