Arte & Agenda

Zahy Tentehar apresenta musical “Azira’i” em Porto Alegre

Apresentações fazem parte da Mostra Internacional de Arte Contemporânea e têm exibições marcadas para os dias estes sábado e domingo, no Teatro Simões Lopes Neto

O musical aborda a relação de Zahy Tentehar com a sua mãe, Azira’I, a primeira mulher Pajé da reserva de Cana Brava
O musical aborda a relação de Zahy Tentehar com a sua mãe, Azira’I, a primeira mulher Pajé da reserva de Cana Brava Foto : Leo Aversa / Divulgação / CP

Zahy Tentehar chega a Porto Alegre com o espetáculo “Azira’I”, que ocorre neste sábado, às 21h, e no domingo, às 18h, no Teatro Simões Lopes Neto (rua Riachuelo, 1089), durante a programação da MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea. Biográfico, o musical aborda a relação de Zahy com a sua mãe, Azira’I, primeira mulher Pajé da reserva de Cana Brava (MA), que ocupou a categoria dos Pajés Supremos dos povos Tentehar, destinado apenas a pessoas com sabedorias medicinais e espirituais extremamente desenvolvidas. Ingressos à venda no site do Theatro São Pedro. No ano passado, Zahy foi a apresentadora do especial “Falas da Terra”, da Globo.

A relação entre mãe e filha se dá num contexto necessariamente conflituoso, em um interior nordestino extremamente patriarcal e em uma cultura tensionada entre a preservação de seus valores ancestrais e a absorção de dinâmicas e mazelas de um sistema de civilização globalizado. Ao mesmo tempo em que Zahy é a filha escolhida por sua mãe para herdar os dons de pajelança e comunicação com os Mairas, é também nela que Azira’I descarrega as frustrações de existir num ambiente colonial e opressor.

Zahy Tentehar é uma artivista, indígena, do povo Tentehara Guajajara, natural da Aldeia Colônia, localizada na reserva indígena Cana Brava, no Maranhão. Filha da pajé Azira e mãe de Kwarahy, é atriz e já vivenciou experiências como fotógrafa, cantora e performer. Aos nove anos passou a dividir sua vida entre a aldeia Colônia e o município de Barra do Corda devido aos estudos. Aos 19 se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde viveu na Aldeia Maracanã e iniciou a sua carreira artística.

Viveu o papel de Domingas na minissérie “Dois Irmãos”, exibida na Rede Globo, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Criou, roteirizou e atuou na vídeoperformance “Aiku’è” (R-existo), em parceria com Mariana Villas-Boas, selecionado para o Kannibal Fest, em Berlim e para o Festival de Curtas do Rio. Realizou a exposição fotográfica “Olhar Meu”, no Parque Lage, em homenagem ao Dia Internacional dos Povos Indígenas. Entre seus outros trabalhos estão os filmes “Não Devore Meu Coração”, direção de Felipe Bragança; “Semente Exterminadora”, direção de Pedro Neves Marques; “Zahy – Uma Fábula Sobre a Aldeia Maracanã”, direção Felipe Bragança; e “Estranhos Rumores do Jardim Fantástico”, direção de Fábio Baldo.

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