Zeca Baleiro fala de seu novo show

Zeca Baleiro fala de seu novo show

Em entrevista ao Correio do Povo, o artista maranhense fala do espetáculo ‘José’, de sua vida na pandemia e de novos projetos

Marcos Santuario

A turnê do espetáculo “José” começou carreira em São Paulo, mas com o aumento de casos da Covid-19, os shows foram suspensos. Agora tem retomado os palcos e apresenta um Zeca Baleiro relendo e compartilhando sua própria obra

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Um show que nasceu com DNA gaúcho. Assim entende também o seu autor, Zeca Baleiro, ao se referir a “José”, espetáculo que o artista maranhense apresenta em Porto Alegre, na próxima sexta-feira, dia 13 de maio. “Criei o show para a série 'Poesia, Então', do Unimúsica 2017, realizado pela Pró-Reitoria de Extensão da Ufrgs, em Porto Alegre”, comenta Zeca em entrevista ao Correio do Povo. “Na altura, eu completava 20 anos de carreira discográfica e quis fazer um show que tivesse algo de retrospectiva, de autobiográfico”. 

A turnê do espetáculo começou em São Paulo, mas, com o aumento de casos da Covid-19, os shows foram suspensos. “Durante a pandemia, pude fazer uma grande ‘arqueologia’ pessoal - reli matérias de jornal, textos que escrevi na estrada, ouvi cassetes, MDs, salvei músicas perdidas, etc. Isso tudo deu maior sustância para o show”, conta. 

Quando perguntado sobre o espetáculo, Zeca explica como é “revisitar a si mesmo”: “É divertido, mas é tocante também revisitar algumas coisas. Conto histórias desde o início da carreira, toco a primeira música com a qual subi ao palco. Falo de canções que ouvia no rádio, enfim, todo o clima do show é íntimo e tenciona contar a minha história. É um repertório já muito grande o meu, então sofri pra chegar em uma síntese que julgo interessante, que acho que o público pode apreciar”, resume. 

Como os artistas em geral, Zeca teve mistura de sentimentos durante a pandemia, que hoje também são parte deste seu novo momento. “Foi sofrido, né? O artista da música se alimenta muito desse contato com o público, a adrenalina que antecede o show, a possibilidade de improvisar. Isso tudo fez muita falta durante a pandemia”, comenta.

Mas retornar aos palcos e estar com o público tem sido momento de muita realização também para o artista. “O retorno é um momento de muita alegria, mas de vigilância também. O cenário ainda é de incerteza”, alerta Zeca. “De todo modo, celebro com muito prazer essa volta aos palcos. Estamos ávidos, plateia e público, por esse contato”. 

Sobre as marcas da pandemia, o artista também tem uma importante reflexão: “Esse tempo de isolamento fez a gente refletir muito sobre a vida, as nossas urgências no mundo atual, nosso lugar no mundo, no grande caos com o qual teremos de conviver nos anos que virão”. O que foi um momento difícil de isolamento também revelou possibilidade de encontrar ainda mais energia de inovar, pelo que aponta Zeca. “Em termos de criação, a quarentena fez com que eu compusesse bastante e me reaproximasse de alguns parceiros queridos como Chico César, Fausto Nilo, Zélia Duncan, Nosly, Wado e conquistasse outros novos, como Vinícius Cantuária, Vicente Barreto, Lucina, Marco Polo, Juliano Holanda e Flávio Venturini.”

Impulsionado por este sentimento é que estão sendo produzidos um disco em parceria com Chico César, um outro com Wado e um só de forrós. “Também vai rolar um álbum em parceria com o Vinícius Cantuária para breve”, anuncia. Ainda antes disso, deve lançar uma edição deluxe do "Canções d'Além-Mar". Agora é esperar o show da próxima sextafeira, dia 13, e conferir este novo momento do artista. Isso tudo é um desafio que sempre me diverte e me instiga”, finaliza.

 


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