Câncer de pele: aprenda a identificar pintas suspeitas

Câncer de pele: aprenda a identificar pintas suspeitas

Saber reconhecer alterações no corpo é fundamental para o diagnóstico precoce e um tratamento efetivo

Correio do Povo

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O verão está chegando e, junto com ele, costumam vir as férias, as viagens e uma maior exposição solar. Ainda que hoje exista mais consciência sobre a importância de proteger a pele, muitas pessoas costumam aplicar fotoprotetores apenas em situações pontuais, como durante um dia na praia ou na piscina. No entanto, a inconsistência do cuidado aumenta as chances de aparecimento de diversas pintas pelo corpo, que podem até serem malignas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos, aproximadamente 185 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de pele. O número representa 33% de todos os casos de câncer do país.

Os mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC), somando cerca de 177 mil novos casos por ano. O melanoma, ainda que menos frequente, é o mais agressivo. “A doença é ocasionada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, formando diferentes tipos de câncer. Fatores como pele clara, propensão a queimaduras solares e histórico familiar podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de pele”, ressalta o doutor Ricardo Motta, cirurgião oncológico do Hcor. 

A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. “O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são essenciais para todos os casos de câncer de pele, inclusive para os de baixa letalidade que, embora menos agressivos, podem causar lesões graves e desfigurantes em áreas expostas do corpo, gerando grande impacto emocional nos pacientes”, alerta.

Atualmente, há uma variedade de opções terapêuticas para o câncer de pele não melanoma, cada uma adaptada ao tipo e à extensão da doença. “Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e os medicamentos orais e tópicos são opções adicionais para tratar os carcinomas. A escolha do tratamento mais adequado deve ser feita por um médico especializado em câncer de pele, levando em consideração o tipo específico da doença e suas características individuais”, reforça o médico.

Evitar a exposição ao sol e proteger a pele dos raios UV são fundamentais para prevenir o melanoma e outros tumores de pele. “Escolha protetores com boa absorção de raios UVA e UVB, não irritantes, resistentes à água e de amplo espectro. Reaplique a cada duas horas e utilize uma quantidade adequada. Vale ressaltar que o bronzeamento artificial é proibido no Brasil e aumenta significativamente o risco de câncer de pele”, finaliza.

A seguir, a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a regra do ABCDE. Em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica. Confira:

Assimetria

• Assimétrico: maligno
• Simétrico: benigno

Borda

• Borda irregular: maligno
• Borda regular: benigno

Cor

Dois tons ou mais: maligno
• Tom único: benigno

Dimensão

• Superior a 6 mm: provavelmente maligno
• Inferior a 6 mm: provavelmente benigno

Evolução

• Cresce e muda de cor: provavelmente maligno
• Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno


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