5 dicas para não constranger quem não bebe nas festas de fim de ano

5 dicas para não constranger quem não bebe nas festas de fim de ano

A abstenção ou redução do consumo de álcool é cada vez mais comum, especialmente entre os mais jovens

Correio do Povo
Escolha de não beber pode estar ligada a diversos fatores

Escolha de não beber pode estar ligada a diversos fatores

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Deixar de beber ou reduzir o consumo de álcool é algo que, embora ainda cause certa estranheza, tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre os mais jovens.

Movimentos que incentivam a sobriedade e maneiras de viver com mais opções de bebidas sem álcool ou de baixo teor alcoólico estão atraindo mais pessoas e podem motivar mudanças positivas até mesmo em ocasiões sociais, como as celebrações de fim de ano.

“Atualmente, é cada vez menos aceitável pressionar quem não bebe ou questionar o porquê de não beber. Frases como ‘por que você não está bebendo?’, ‘só um gole não vai fazer mal’ ou ‘você é mais divertido quando bebe’ são invasivas e desrespeitosas”, alerta Mariana Thibes, doutora em sociologia e coordenadora do CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, referência nacional no tema.

A psiquiatra Olivia Pozzolo, médica pesquisadora do CISA, vai além. “Em alguns casos, esses comentários podem ser prejudiciais, especialmente se a pessoa estiver enfrentando problemas com o uso de álcool ou em processo de tratamento e recuperação.”

Para garantir que todos se sintam acolhidos e respeitados, confira 5 dicas:

1) Respeite a decisão pessoal: a escolha de não beber pode estar ligada a fatores como saúde, religião, preferência pessoal ou tratamento para o transtornos com álcool. Nunca pressione alguém para justificar ou mudar sua decisão;

2) Ofereça alternativas não alcoólicas: certifique-se de que o evento inclua opções como sucos, refrigerantes, água com gás ou coquetéis sem álcool. Isso ajuda a integrar a todos sem diferenciações;

3) Evite fazer da bebida o centro do evento: planeje atividades que não envolvam o consumo de álcool, como jogos, conversas ou dinâmicas que promovam interação sem foco nas bebidas;

4) Não pressione ou questione: insistir para que alguém beba ou comentar negativamente sobre a decisão de não consumir álcool pode ser mais prejudicial do que parece. Demonstre compreensão e empatia;

5) Seja acolhedor: crie um ambiente inclusivo em que todos se sintam à vontade, independentemente de consumirem álcool ou não. Demonstrar respeito pelas escolhas alheias é essencial para fortalecer os laços sociais.

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“Lembre-se de que quem opta por não consumir álcool pode estar em uma jornada de autocuidado ou enfrentando desafios significativos. A empatia e o apoio fazem toda a diferença para que essa pessoa se sinta valorizada e incluída no evento”, reforça Pozzolo.

Também é importante destacar que menores de 18 anos, gestantes, motoristas, pessoas que utilizam medicação contínua ou que tenham problemas com álcool não devem consumir nenhuma quantidade de bebida alcoólica.


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