Reposição de vitaminas e minerais ajuda a diminuir sintomas da menopausa

Reposição de vitaminas e minerais ajuda a diminuir sintomas da menopausa

Suplementação de zinco, por exemplo, pode auxiliar na proteção contra a perda de massa óssea

Correio do Povo

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Ciclos menstruais irregulares, ondas de calor e diminuição da produção de colágeno são alguns sintomas comuns entre as mulheres na menopausa. Esse período faz parte do climatério, fase da vida em que ocorre a transição entre o período fértil para o não reprodutivo.

O Dia Mundial da Menopausa, celebrado em 18 de outubro, é mais uma data criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o objetivo de promover o debate, buscar a relevância que o assunto precisa e destacar os impactos na saúde da mulher. De acordo com a OMS, a projeção é que até 2030 se tenha 1 bilhão de pessoas convivendo com os diversos sintomas da menopausa. 

“A alimentação saudável neste período é muito importante, já que o consumo adequado de nutrientes é essencial para promover o bem-estar, além de auxiliar a não agravar questões como a osteoporose, obesidade, hipertensão arterial e outras doenças que podem ser desenvolvidas nessa fase”, explica Mayara Stankevicius, nutricionista da Vitamine-se.

A suplementação de determinados nutrientes ainda se torna um grande auxílio para as mulheres no período, pois ajuda na reposição de vitaminas e minerais, além de prevenir questões como a osteopenia e reduzir sintomas característicos dessa fase. Confira quais são eles e os benefícios:

• Ômega 3: age como protetor das doenças cardiovasculares, sendo responsável por diminuir os teores séricos do colesterol total e triglicerídeos, auxilia na prevenção do câncer de mama e na depressão;

• Magnésio: essencial para o bom funcionamento do tecido nervoso, muscular e ósseo. Sua deficiência pode influenciar no aumento da pressão, arritmias e fadiga;

• Vitamina D: responsável pela homeostasia do cálcio e fósforo. Regula o metabolismo do cálcio e a calcificação óssea, co-fator para o crescimento e a atividade neuronal;

• Zinco: protege contra a perda de massa óssea. Também é essencial na digestão e absorção de nutrientes no trato digestivo e modula a ação de vários hormônios no organismo;

• Complexo B: atua na diminuição da ansiedade, depressão e das ondas de calor. Auxilia na produção de ácidos graxos e esteróides e faz parte da composição das células vermelhas;

• Vitamina C: responsável pela manutenção do colágeno e do tecido conjuntivo (ossos, cartilagem, pele e dentes), prevenindo rugas de expressão que podem se intensificar nesse período. Ainda promove a saúde dos cabelos e das unhas.

“O período de climatério tem seu início por volta dos 40 anos, se estendendo até os 65 anos. Nessa fase, é comum que as menstruações fiquem mais espaçadas. A produção de hormônios ovarianos, principalmente estrogênio e progesterona, é reduzida e causa algumas alterações no corpo da mulher tanto físicas quanto mentais, gerando sintomas que podem alterar a qualidade de vida”, diz a especialista, que também esclarece que a menopausa pode ser diagnosticada após um ano da última menstruação.

A maioria das mulheres começa a ter sintomas logo no começo desse período e com o tempo eles vão aumentando. Os mais comuns são os ciclos menstruais irregulares e variações na quantidade do fluxo sanguíneo, ondas de calor, diminuição da produção de colágeno, ocasionando alterações na pele, como perda do viço e hidratação. Além de dificuldades para dormir, ganho de peso e perda de massa muscular e da massa óssea, o que aumenta o risco de sarcopenia, osteoporose e osteopenia.

O aumento da irritabilidade e a instabilidade emocional também pode acontecer nessa etapa da vida, deixando as mulheres mais propensas a desencadear transtornos psicológicos. Há, ainda, maiores riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo a doença coronariana, a com maiores índices após a menopausa. Queda na libido, ressecamento vaginal, infecção no trato urinário e incontinência urinária também podem ocorrer devido à queda de hormônios relacionados.

“O tratamento mais comum é a terapia de substituição hormonal, que alivia os sintomas físicos e psíquicos, e atua como uma proteção contra a osteoporose e a osteopenia, aumentando a qualidade de vida da mulher no período”, reforça Mayara.

Além disso, de acordo com ela, o acompanhamento nutricional é fundamental, juntamente com a prática de exercícios físicos para estimular a produção e manutenção dos músculos e fortalecimento dos ossos. Também é recomendado o acompanhamento terapêutico para as questões psicológicas que podem surgir.


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