Políticas públicas que fazem a diferença

Políticas públicas que fazem a diferença

Por Mari Pimentel*

Mari Pimentel

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Construir uma cidade para o futuro está no exercício e no cuidado contínuo de olhar para as gestantes e crianças de hoje. Falo sobre o suporte necessário para os diferentes aspectos que envolvem a infância, o desenvolvimento e a saúde das famílias. Dentre as políticas públicas que se direcionam para tal, o Primeira Infância Melhor (PIM) se destaca pelo compromisso de promover o desenvolvimento integral na primeira infância, apoiando as famílias, a partir de sua cultura e experiências desde a gestação até os seis anos de idade. 

Indiferente ao tamanho das cidades, sabemos que sempre há uma parcela da população mais carente, muitas vezes em situação de vulnerabilidade social, que necessita de um acompanhamento singular e periódico por programas como esse. O trabalho desenvolvido pelas equipes do PIM, com a integralidade do cuidado, traz resultados que podemos mensurar com evidências científicas. Por exemplo, sabe-se que municípios participantes do PIM possuem maior porcentagem de mulheres que realizam pré-natal, menor porcentagem de nascimentos com baixo peso e extremo baixo peso e redução de óbitos por causas externas (e o tempo de exposição ao programa potencializa os resultados). Quanto mais cedo as crianças recebem o programa, mais eficaz é o resultado na redução da violência escolar. 

Segundo dados de fevereiro deste ano, Porto Alegre ocupa a posição 58 de 223 municípios aderentes ao PIM em número de crianças acompanhadas (apenas 129 crianças de zero a cinco anos). Os dados ainda mostram que a Capital, que tem 1,5 milhão de habitantes e 60 mil pessoas que vivem em extrema pobreza, ocupa a 83<SC120,170> posição em número de gestantes acompanhadas (apenas 8). Está na hora de estruturar essa política pública na cidade para ampliar o exercício de um projeto tão importante para nossos cidadãos. Temos apenas 60 famílias atualmente sendo assistidas, o que sabemos que, para uma capital, é ainda um número baixo. Por isso, acreditamos que está mais do que na hora de Porto Alegre novamente olhar para o futuro de quem escolhe a cidade para viver, trabalhar e criar seus filhos. Podemos ser exemplo da eficiência de políticas públicas que realmente fazem a diferença no dia a dia, olhando adiante para a evolução dos cidadãos e de suas famílias.

*Vereadora de Porto Alegre, líder da bancada do Novo


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