Israel proíbe uso de animais em testes

Israel proíbe uso de animais em testes

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A venda e a importação de cosméticos e materiais de limpeza testados em animais serão consideradas ilegais a partir deste ano em Israel. De acordo com o Jornal Haaretz, o Ministério da Saúde punirá os importadores que violarem a regra, mas não especifica como. Na prática, produtos testados em animais que já estão nas prateleiras das lojas não serão recolhidos, mas os importadores deverão pedir permissão ao Ministério da Saúde para cada item de beleza ou limpeza comprados. O país já proíbe desde 2007 a pesquisa de cosméticos e produtos de limpeza feita em animais, o que o aproxima dos países da União Europeia que também proíbem a venda destes artigos. O Parlamento europeu promulgou o veto em março de 2004.
Entretanto, a proibição de Israel visa especificamente produtos cuja finalidade não é sanitária e excetua produtos cuja experimentação animal começou antes de 2010. A lei dá também aos importadores um ano para continuarem a vender estes produtos caso seja declarado que o fabricante não encontrou outra solução e o Ministério da Saúde valide a solicitação. Está estipulado ainda que o período de transição pode ser estendido até 2016. A justificativa da lei atesta que os testes realizados em animais no curso do desenvolvimento de um cosmético implica grande sofrimento a eles, já que os procedimentos são feitos sem anestésicos.

Chimpanzés livres das torturas

Já o NIH (Instituto Nacional de Saúde Norte Americano) anunciou que 113 chimpanzés mantidos no New Ibéria Research Center, em Luisiana (EUA), serão transferidos para o Santuário Federal Chimp Haven, em reconhecimento ao clamor de todos os ambientalistas do mundo, que têm acusado o NIH de não aposentar definitivamente os chimpanzés. O Projeto R&R, NEAVS, o Projeto GAP e dezenas de outras organizações – que têm denunciado a atitude dupla do NIH de afirmar que, teoricamente, os chimpanzés estão aposentados, mas não terminava de enviá-los a um santuário, e ainda continua apostando que alguns podem voltar à tortura médica – se congratulam com esta atitude final do NIH, que é responsável por mais de 600 chimpanzés usados em experiências médicas nos últimos 30 anos.
Um comunicado do Projeto R&R comenta o anúncio da diretora científica do NIH, Kathy Hudson, que faz um reconhecimento público de que o "NIH e o governo americano têm a responsabilidade moral e legal pela vida desses chimpanzés." O traslado desses 113 chimpanzés será realizado em duas etapas, com a metade sendo transferida neste mês. A primeira fase levará seis meses para juntar os grupos com os chimpanzés que já vivem no Santuário Chimp Haven. A segunda fase deve durar de 12 a 15 meses e implicará em investimento de 2,3 milhões de dólares na construção de acomodações. Quatro dos chimpanzés mais doentes não poderão ser transferidos, porém sua frágil saúde os afasta de uso em pesquisa médica. Oito dos chimpanzés desse grupo de 113 são mães com seus filhos, que serão mantidos juntos.


Beagles de laboratório libertados na Índia

Em um movimento referencial liderado pela PETA-Índia, 70 cães da raça Beagle importados da China pela Advinus Therapeutics - laboratório farmacêutico indiano de Bangalore -, finalmente serão libertados. Os cães saíram da quarentena e foram entregues a grupos de proteção animal, com a permissão do Ministério do Meio Ambiente e Florestas e com os esforços do governo de Maneka Gandhi, política envolvida em causas ambientais. O resgate foi aprovado depois que a PETA-Índia notificou o Comitê para Fins de Controle e Fiscalização na Experimentação Animal, que falsamente atestou o Serviço Animal de Quarentena e Certificação que os cachorros eram "de estimação" e não "de testes". A PETA também descobriu que a companhia aérea Cathay Pacific Airways, que possui uma política restritiva contra transporte de animais para laboratórios, não foi informada pelo fornecedor, Beijing Marshall Biotechnology Co., Ltd., que os cães seriam explorados e mortos em testes.

"O ministro do Meio Ambiente e Florestas, Jayanthi Natarajan, foi pessoalmente inspecionar os 70 beagles. A PETA elogia e agradece ao ministro por dar a atenção que o caso merece", declarou Chaitanya Kumar, consultor de ciências políticas da PETA Índia. "Convidamos as pessoas que estão prontas a assumir o compromisso de cuidar de um animal por toda sua vida a adotar um destes filhotes e dar a ele um amoroso lar", frisou. Kumar afirmou que cientistas usam os Beagles devido à natureza amigável e dócil dos cães. Mas a vida de um animal de laboratório é solitária, dentro de gaiolas. Eles são dopados com medicamentos, queimados com produtos químicos e abertos em procedimentos cirúrgicos experimentais. Ao final destes testes, eles são mortos e dissecados.

Fonte: Agência de Notícias de Direitos Animais e Jornal Jornal Haaretz

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