Labrador ameaçado de morte pelo tráfico

Labrador ameaçado de morte pelo tráfico

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Boy, um labrador de sete anos do Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar, é o maior tormento do tráfico do Rio. O peludo está jurado de morte por traficantes que o identificam como "marrom" ou "capitão Nascimento de quatro patas". Alheio às ordens de execução, que partem de radiotransmissores pertencentes às facções criminosos, Boy segue no combate à criminalidade. No último domingo, com a ajuda da companheira Tati, da mesma raça e um ano mais nova, os PMs apreenderam quase 400 quilos de maconha em uma casa abandonada no Complexo de Manguinhos, na ona Norte do Rio de Janeiro.
“Boy é um dos melhores animais que temos. Um dos recordistas em descobrir armas e drogas. Ultimamente, temos captado pelos radiotransmissores, durante operações em favelas, ameaças de bandidos contra ele. Dizem: ‘Mirem (as armas) no marronzinho (em alusão à cor do labrador). Tem que pegar o marronzinho!’. Todo cuidado com o nosso focinho de ouro é pouco”, afirmou o tenente Daniel Puga, que comandou a operação com 16 policiais armados de fuzis em Manguinhos. A droga, dividida em 190 tabletes prensados, foi encontrada, junto com 436 projéteis de calibre 762 e 230 de calibre ponto 30, além de 23 carregadores de fuzil 762, escondida atrás de parede falsa, dentro de casa no número 17 da rua Jacinto, a menos de 100 metros da base do Batalhão de Choque da PM. “Esse material jamais seria descoberta se não fosse o olfato extremamente apurado de cães bem treinados, como Boy”, disse Puga.

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