Tamanduá-mirim e jiboia na Calçada da Fauna

Para confeccionar os moldes, a cobra e o tamanduá foram colocados em uma caixa com areia. Depois, a equipe fez o molde com gesso e colocou a marca na pedra cimentada. “Com os animais ferozes, os moldes foram retirados das marcas deixadas nos recintos. Já com o tamanduá e a jiboia, foi possível fazer na caixa de areia porque são animais condicionados. Foram resgatados filhotes na natureza e criados desde pequenos em cativeiro”, explica o veterinário Renan Stalder, responsável técnico do Gramadozoo.
Segundo a bióloga Tatiane Nunes, a Calçada da Fauna foi criada com a proposta de ensinar e sensibilizar os visitantes para a importância da preservação dos animais silvestres. Os grupos escolares são monitorados por educadores ambientais que explicam sobre cada uma das espécies na Calçada da Fauna, que fica próxima ao Centro de Educação Ambiental do zoo. “Além de valorizar um importante evento da cidade, o zoológico de Gramado busca ensinar mais sobre a biologia das espécies. Se as pessoas conhecerem a fauna brasileira, poderão contribuir para conservar as espécies”, afirma Tatiane.

SOBRE O TAMANDUÁ-MIRIM
O tamanduá-mirim tem a língua três vezes maior do que a cabeça. Quando o animal vai se alimentar em formigueiros ou cupinzeiros, a língua pode ficar até 25 centímetros para fora da boca. Sem dentes, a defesa do tamanduá está nas garras. O animal pode comer até nove mil cupins por dia. Na natureza, a alimentação da espécie é basicamente composta por cupins, formigas e abelhas.

SOBRE A JIBOIA


É uma serpente que não é peçonhenta. Pode medir até quatro metros do comprimento. São animais que se alimentam de roedores, aves e lagartos. Com hábitos noturnos, a jiboia ataca a presa em silêncio e mata por constrição, envolvendo o corpo da presa e sufocando-a. O veterinário Renan Stadler explica que a jiboia dificilmente ataca seres humanos. “Só vai atacar ser for ameaçada. É um que não tem veneno”, diz.