Alto nível no Mercedes GLA

Alto nível no Mercedes GLA

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Mercedes / Divulgação / CP Mercedes / Divulgação / CP


Na semana que passou, por dois dias em cidade e rodovia, realizei um novo teste com o Mercedes-Benz GLA, o crossover de design agressivo, com pinta de cupê esportivo, mas com DNA de autêntico crossover. O GLA tem altura maior em relação ao solo, volante com maior “peso” e o comportamento dinâmico é um pouco mais rude em relação aos demais integrantes da NGCC (New Generation Compact Cars), que são o sedan CLA, o Hatch A e o GLA.

Este, com maior consistência na performance, não “acarinha em excesso” ao motorista. E a citada “rudeza”, que não significa uma má engenharia, é resultado de suspensões mais enrijecidas em relação aos outros modelos da geração NGCC. No GLA, o comportamento é do “autêntico” crossover. O caráter destemido é o desafio constante. Na pratica, o GLA, principalmente a versão dotada de tração 4x4, vai em frente e “passa por cima” de buracos e imperfeiçoes variadas dos pavimentos. A versão testada, GLA 200 Enduro, é equipada com motor 1. 6 turbinado com 156 hps e 25 kgfm de torque. Esta versão custa em torno de R$ 147 mil reais. Pela extrema qualidade do produto, é preço acessível quando se sabe que um “Novo Civic” de design desencontrado e tecnologia inferior não custa menos do que R$ 120 mil.

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Para quem se aventurar em caminhos tortuosos, que incluem a “pedra pontuda e o mato sem cachorro”, recomendamos a versão GLA Sport 250, dotada do motor turbo 2.0 com 211hps e 35 kgfm de torque. Nesta versão com tração integral há maior liberação do torque nas baixas rotações quando se escolhe o modo de condução “offroad”. Se o motor 1.6 do GLA 200 parece ter bem mais cavalaria do que os 156 hps “reais”, os 211 hps do GLA 250 Sport parecem no mínimo 300 hps, com torque simplesmente brutal. Não se assustem diante de números de performance muito fortes das duas versões: o GLA 200 chega aos 220 por hora. Enquanto o GLA 250, chega aos 240 por hora. Ambos têm “modos” de condução que podem ser acessados através de um pequeno cilindro colocado no console central. No modo Eco o GLA fica mais econômico. Na posição Comfort as suspensões ficam mais “suaves” e as marchas “esticam” para um confortável uso urbano ou rodoviário. No modo Sport as marchas encurtam, as suspensões ficam mais rígidas e o volante também ganha mais “peso”, enquanto o motor trabalha em regime de giros mais elevado, visando a condução veloz e esportiva.

O GLA já vem com “seguro de vida”, sintetizado na multiplicidade dos sistemas eletrônicos que visam a segurança ativa e passiva. São dezenas de sistemas gerenciados pela inteligência artificial. Como os controles de estabilidade e tração, assistente eletrônico à linha reta - que não permite desvios na trajetória - , bloqueio do diferencial traseiro, assistente em subida, sensores de câmeras que monitoram praticamente todos os sistemas mecânicos e também o “em torno” do veículo.

O GLA tem uma linha baixa e laterais elevadas e isto gera um certo “enclausuramento”. Mas, uma vez adaptado a esta linha lateral elevada, o motorista terá à disposição uma posição privilegiada ao volante, já que a dianteira baixa amplia a visualização à frente. E o CX de 0.30 significa que o GLA “corta o ar” e não gera arrasto aerodinâmico, que poderia perturbar a estabilidade direcional e lateral. A larga e sólida plataforma, junto a suspensões independentes nas quatro rodas com braços múltiplos na traseira, garante um rodar preciso. A estabilidade direcional e o agarramento ao solo garantem ao GLA que não saia de frente ou traseira nas curvas. Notável a estabilidade lateral do crossover que resulta do avanço tecnológico da suspensão traseira “multilink” de braços múltiplos em alumínio. O GLA ganhou cinco estelas nos testes de impacto (crash) realizados pelo EuroNcap. É muito seguro.

No habitáculo confortável, a modernidade encontra os traços “retrô”. Por exemplo, a haste de mudança de marchas continua, como nos carros da década de 50, na lateral do volante, o que exige a adaptação do motorista. Na tela central é visualizado o completo sistema Kommand de infotenimento. A tela fica destacada em relação ao painel central, mas é fácil a visualização. O Kommand não permite que o motorista manuseie a tela sensível ao toque com o motor ligado. O Design desta última geração de veículos da Mercedes-Benz mescla as formas futuristas a um passado que milhões de consumidores no mundo acreditam ser glorioso. É mesmo glorioso. Mas para a Mercedes-Benz, o futuro promete ainda mais.

Por Renato Rossi

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