O recall da Volvo

O recall da Volvo

Montadora chamou proprietários do S60 e S80 fabricados de 2000 a 2009

Renato Rossi

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Na mídia nesta semana a informação de que 460 mil carros da Volvo estão em recall no mundo. O recall refere airbags que explodiram a bordo dos sedãs S60 e S80, produzidos no período de 2000 a 2009. A informação levou a mídia e a opinião pública ao passado recente. Quando mais de 70 milhões de carros equipados com os airbags da Takata entraram no maior recall da indústria automotiva, iniciado em 2008 e sem data para acabar. 

Os airbags explosivos mataram mais de 200 pessoas no mundo, com número maior de feridos graves. A longa e dura investigação deflagrada a partir de 2004 pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA) demonstrou que a Takata foi negligente e criminosa ao esconder as falhas em seus produtos. A causa das explosões é a rápida deterioração do nitrato de amônia utilizado nos infladores, o pesado cilindro de aço que armazena o gás que enche as bolsas. A investigação mostrou ainda que a Takata utilizava nitrato de amônia porque custava menos.

A Volvo divulgou nesta semana informações sobre a investigação interna que determinará as causas das explosões dos airbags que geraram uma morte. E surge de novo o gás como culpado. Mas a Volvo não utiliza nitrato de amônia, e quem produz os airbags é a alemã ZF, com histórico de segurança invejável. A Volvo por décadas preservou a vida ao colocar no mercado carros muito seguros. Agora, renova seu direcionamento à segurança. Desde os anos 70, a Volvo enviou suas equipes de segurança para locais onde os carros da marca se acidentaram. Hoje a montadora tem um dos maiores acervos do mundo sobre causa e efeito em acidentes de trânsito. Um mérito dos suecos que serve aos chineses da Geely, proprietária da Volvo.


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