Após dois anos de intensa composição e um inteiro dedicado às gravações, a banda gaúcha Psycho Decadence lança seu primeiro álbum de estúdio, “Sic Transit Gloria Mundi”, pelo selo e laboratório criativo Heavy.Future. Com dez faixas que somam cerca de 52 minutos, o trabalho marca um divisor de águas na trajetória do quinteto, materializando sua identidade sonora e ampliando a fusão de influências que vão do Deathcore mais brutal ao Black Metal, passando por nuances de Djent, Thall e atmosferas que passeiam por diversas ambientações. Trata-se de um trabalho focado no Metal moderno e com características próprias.
Para celebrar o lançamento, o Psycho Decadence está realizando shows especiais. Neste sábado, dia 18, o grupo leva as músicas ao palco do Trilha Hub Cultural, em Sapucaia do Sul, a partir das 20h. Participam também da Psychofest II as bandas CxFxC (Crossover Thrash), Dressed in Blood (Metal moderno) e Darkroots (tributo ao Sepultura). Ingressos na Sympla.
Diferente do EP “Nosebleed” (2022), que trazia cinco faixas, o novo álbum expande horizontes e mergulha mais fundo em uma proposta ousada: cada música carrega a essência individual de Pedro Moutinho (vocal), Nathan Alano e Diego Marinho (guitarras), Edu Borges (baixo) e Gabriel Martens (bateria), refletindo suas diferentes visões e sentimentos. Isso resulta em um disco diverso e imprevisível — com faixas extremamente pesadas, diretas e repletas de breakdowns, contrastando com passagens atmosféricas, complexas e de longa narrativa.
Antes do lançamento completo, a banda já havia apresentado ao público singles como “Sunrise”, “When the Pendulum Swings Back” e “Driedwomb”, antecipando a sonoridade do álbum. Além disso, o grupo se destacou ao participar da trilha sonora do jogo “Raining Blood: Hellfire”, com as faixas “In the Sand We Step” e “Sunrise”, ampliando sua presença no cenário cultural e no entretenimento digital.
Um exemplo da pluralidade do álbum está na obra em duas partes “Projections I: A Prophet Said” e “Projections II: Some Things We’ve Lost in the Dark”, que funcionam como capítulos conectados dentro da temática do disco. Nas letras, a primeira parte mergulha na introspecção, refletindo sobre a consciência, a transitoriedade da vida e a busca por compreender emoções e experiências, enquanto a segunda explora a perda e a libertação de elementos que permanecem nas sombras, um contraste poético entre introspecção profunda e libertação interior. As demais faixas transitam entre ataques sonoros extremos misturados a passagens etéreas, compondo um trabalho que exige ser ouvido do início ao fim e que demonstra a versatilidade e ousadia do grupo. Quase uma “Deathcore Opera”.
O título do álbum, expressão em latim que significa “Assim passa a glória do mundo”, traduz o conceito do trabalho: a ideia de que tudo é transitório — poder, beleza, dor, grandeza e até a própria existência. Essa reflexão permeia tanto as letras quanto a sonoridade, em sintonia com a intensidade lírica e musical que a banda construiu desde seus primeiros lançamentos.
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*Informações: Wargods Press
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