RockShore

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Unidos pelo Oceano, banda grava primeiro single, “Violetas Mortas”, em meio à pandemia

Fernanda Bassôa

Banda é formada por três colegas de trabalho que costumam ficar confinados em uma plataforma de petróleo

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O gaúcho de Esteio Felipe Alberto Bissolotti, 45 anos, é um dos integrantes da banda  RockShore, que surgiu da brincadeira de três colegas de trabalho que, de tempos em tempos, ficam confinados por 14 dias em uma plataforma de petróleo no meio do Oceano Atlântico (no Centro-Sul do País). O grupo gravou no final deste ano seu primeiro single, “Violetas Mortas”, lançado oficialmente nas vésperas do Natal nas plataformas digitais.

A música fala sobre os dias sombrios, mas também sobre esperança nesse momento difícil de pandemia e isolamento social. A ideia dos músicos é divulgar para o mundo a canção que foi uma espécie de “desafio”. Agora o foco é produzir o clipe, até o fim de 2021, gravar um álbum com mais 11 músicas autorais. 

Além de Felipe, a RockShore conta com Marcelo Renato Carvalho de Mendonça, 44, que mora em Niterói (RJ), e Rodolfo Defáveri Bastos, 33, do Espírito Santo. Eles começaram a tocar há seis anos, nas quartas-feiras de churrasco e aos sábados de pizza para os 150 colegas (também confinados), em alto mar.

“Na época eu e o Mendonça brigávamos pelo violão. A gente tocava cover de Rock nacional, Ramones e Pink Floyd, mas a banda começou mesmo entre 2016 e 2017, quando o Rodolfo (guitarrista) embarcou na nossa plataforma”, lembrou Felipe. A banda foi batizada de RockShore, que vem de Off Shore – regime de trabalho em alto-mar.

De acordo com o trio, a ideia do “Violetas Mortas” surgiu com a pandemia. “Ela fala sobre esse nosso momento. “Violetas Mortas” é tudo aquilo que passamos nesse ano de 2020. A escolha pela música se deu pela mensagem e pelo fato de fazer um Rock N'Roll oitentista, relembrando grandes bandas brasileiras que mandavam bem nas mensagens políticas amarradas ao bom e velho Rock N'Roll”, comenta o carioca de Niterói que admite ter muito como influência musical o Rock Gaúcho, principalmente Replicantes, Wander Wildner, Ultramen, Cascavelletes, Engenheiros e Nenhum de Nós. 

Totalmente independentes e autorais, as composições da RockShore são cantadas em português e cada um contribui com a ideia que tem. Política, medos e amores são temas 'aflorados' nas criações dos músicos, que variam de uma balada e perpassa pelo Pop Rock oitentista até um Heavy Metal.

“O interessante é que cada um dos três, mesmo estando dentro do contexto do Rock N’Roll, traz consigo influências distintas. Isso torna o processo rico”, comentou Bastos. “Nossa ideia e vontade é voltar a tocar juntos novamente. Esse objetivo é primordial. Queremos sair viajando de carro e ir tocando em bares até chegar a Aracaju, onde faremos uma homenagem a um grande amigo nosso. Infelizmente, a pandemia adiou essa ideia”, ressaltou Marcelo Mendonça. 

Para os Roqueiros, a gravação do primeiro single explora uma sensação única. “Difícil descrever o sentimento, mas com certeza é algo que nos impulsiona a querer mais, a fazer mais e melhor. Foi o primeiro trabalho de muitos outros que estão por vir”, afirmou Felipe.

O gaúcho garante que a experiência é extremamente gratificante. “Independentemente do resultado, acredito que chegamos onde queríamos. Produzir algo nosso, com nossa cara. Acho que conseguimos isso. Entre missão cumprida e desafio acho que o momento está mais para desafio e a vontade de sentir essa mesma sensação é grande”, conclui.

Escute “Violetas Mortas”: 

https://open.spotify.com/track/2ng4DK7ae7fo2iumm9tGBn?si=Nkuraws4TYqiWlLFGptFvw 

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