Apocalypse Now – The Final Cut

Apocalypse Now – The Final Cut

O Horror, o Horror na Guerra do Vietnã


Chico Izidro

Willard (Martin Sheen) tem a missão de eliminar coronel que desertou

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A primeira vez que assisti “Apocalypse Now” foi em 1986, numa noite de sexta-feira no antigo cinema São João na Salgado Filho. Era uma sessão às 22h e a fila era gigantesca. Mas encarei a jornada e saí do cinema enlouquecido. Tanto que no dia seguinte fui ver de novo uma das obras primas de Francis Ford Coppola.

Passados 34 anos daquelas noites, já perdi o número de vezes que voltei a rever o filme. E agora sai sua terceira versão, “Apocalypse Now – The Final Cut”, que de acordo com o diretor é a melhor versão do filme. A restauração, que traz 49 minutos excluídos da edição original, foi feita pela primeira vez através do negativo original, um trabalho que que deu ao filme uma qualidade de imagem e som muito superior à anterior. O público, enfim, "vai ver, ouvir e sentir o filme como sempre sonhei", garante Coppola. E é mesmo, a pena é que por causa da pandemia do coronavírus, ele não pode ser apreciado no cinema, mas sim na sala de suas casas.

“Apocalypse Now” é uma adaptação livre do romance “O Coração das Trevas”, de Joseph Conrad. As filmagens duraram de 20 de março de 1976 até 21 de maio de 1977, nas Filipinas, com um cronograma inicial de algumas semanas que acabaram se prolongando por 238 dias, entrando para a história como uma das produções mais tumultuadas de todos os tempos. Ele chegou aos cinemas em 1979.

Ao invés do Congo onde se passa a história original, Coppola transpôs toda a ação para a Guerra do Vietnã, onde um jovem capitão americano especialista em eliminar inimigos, Willard (Martin Sheen) recebe a missão espinhosa de se infiltrar com uma equipe nas selvas entre o Camboja e o Vietnã. Suas ordens: eliminar o coronel também americano Kurtz (Marlon Brandon, em aparição marcante na parte final do filme). Kurtz meio que enlouqueceu e passou a comandar guerrilheiros e nativos no fundo das selvas, sendo tratado como um semideus.

“Apocalypse Now” é repleto de cenas marcantes, como o ataque de helicópteros americanos a uma aldeia vietcongue, um show das coelhinhas da Playboy para os soldados, que na seca sexual invadem o palco tentando agarrar as garotas. Numa das novas cenas acrescentadas, Willard e seus soldados encontra um grupo de franceses que se negam a deixar o Vietnã, mesmo sabendo que podem ser mortos pelos vietcongues – eles se consideram mais vietnamitas do que franceses (o Vietnã foi uma colônia da França durante décadas).

A trilha sonora é poderosa, trazendo “The End", do The Doors, "Susie Q", interpretada pelo Flash Cadillac, “Cavalgada das Valquírias”, de Richard Wagner e “Satisfaction”, dos Rolling Stones.

Além de Martin Sheen e Marlon Brando, também se destacam Robert Duvall, Frederic Forrest, Sam Bottoms, Laurence Fishburne, Harrison Ford e Dennis Hopper.

“Apocalypse Now: Final Cut” pode ser visto na plataforma Belas Artes à La Carte:

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A obra de Coppola está disponível no Belas à La carte por R$14,90.

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