Burden

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Vivendo no meio do ódio. Em “Burden”, direção de Andrew Heckler, acompanhamos a dramatização de uma história real ocorrida em 1996 na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Chico Izidro

Garret Hedlund vive Mike Burden, um racista arrependido

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“Burden” é baseado em fatos reais, acontecidos em 1996 na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. E foca na vida de Mike Burden (Garret Hedlund), que órfão acabou sendo criado pelo líder da organização racista Ku Klux Klan, Tom Griffin (Tom Wilkinson), absorvendo todo o ódio racial, mesmo que quando criança tenha tido como melhor amigo um garoto negro. Mas depois de anos de lavagem cerebral, ele odeia todos os negros da pequena cidade onde vive, e se prepara para assumir a liderança da KKK.

A organização compra um antigo cinema no bairro negro, e abre ali um museu da sua história, para indignação da comunidade. Que passa a fazer a fazer protestos liderados pelo reverendo Kennedy (Forest Whitaker). É quando as coisas começam a mudar para Mike. Ele conhece uma jovem, Judy (Andrea Riseborough), mãe solteira e que trabalha como caixa de supermercado. O líder da KKK se apaixona, mas passa a conviver com ela, que tem amigos negros e nenhum pingo de racismo no corpo ou na alma. Então surge o dilema para Mike. Ou muda ou perde a mulher que ama.

E ele opta pela primeira opção, o que vai lhe custar caro. A KKK não aceita sua deserção. Judy perde o emprego, ele não consegue mais nada, tudo por perseguição da KKK. Ele acaba sendo acolhido pelo reverendo, para a indignação da comunidade negra, que vê Mike como uma ameaça, ainda mais porque ele não consegue largar antigos vícios, como por exemplo chamar alguém de “nigger”, extrema ofensa para um negro. Judy perde o emprego, ele não consegue mais nada, tudo por perseguição da KKK.

“Burden” é um filme difícil de se assistir, por seu palavreado ofensivo, por cenas fortes de racismo. Mas é essencial, para tentar entender como uma pessoa ou muitas pessoas consigam viver apenas influenciadas por ódios irracionais. E atuações de Garret Hedlund, Tom Wilkinson e Forest Whitaker, este dispensando apresentações, são excepcionais.

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