Com o capeta no corpo

“Transtorno Explosivo” (Systemsprenger) foi indicado ao Oscar deste ano pela Alemanha. A trama acompanha a história de Benni (Helena Zengel), uma criança de oito anos problemática. Ela é violenta e tem frequentes ataques frequentes de fúria, e não é aceita em nenhum tipo de internato ou lar substituto. Assim, fica sendo jogada de um lado para o outro, sem  perspectivas. Benni sonha em voltar para a mãe e os dois irmãos mais novos.

Porém, sua mãe não tem a mínima estrutura emocional para recebê-la. Benni poderia ser a irmã mais nova de Regan (Linda Blair), do clássico “O Exorcista” tal suas atitudes. A menina morde, soqueia, fala palavrões, sem nenhum freio. Totalmente irascível, parecendo estar possuída pelo capeta. Dirigido por Nora Fingscheidt, o longa-metragem é um verdadeiro soco no estômago.

A pequena Helena Zengel está excepcional, em uma fantástica atuação, demonstrando muita potência e veracidade em sua personagem problema. Ela domina o filme em cada um de seus minutos. Mas o elenco de apoio também vai muito bem, principalmente o supervisor Micha (Albrecht Schuch) e a assistente social Bafané (Gabriela Maria Schmeide).

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