Culpado por suspeita

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Richard Jewell salvou centenas de vida em um atentado, onde seria apontado como o autor

Chico Izidro

Clint Eastwood retrata a luta de um homem pela justiça

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Aos 89 anos, o cineasta ícone Clint Eastwood continua prolífico. E como em seus filmes mais recentes, ele buscou retratar a vida de homens comuns da vida real, que de uma forma ou outra acabaram se destacando. Teve "Sniper Americano", onde mostrou a vida de um atirador de elite norte-americano na Guerra do Iraque, depois "Sully", mostrando a história de um piloto que salvou centenas de vidas após fazer um pouso forçado njo Rio Hudson, em Nova Iorque. E mais recentemente, "15:17 – Trem Para Paris", retratando quando jovens militares em férias impediram um atentado terrorista.

Agora, em "O Caso Richard Jewell" (Richard Jewell), Eastwood conta a história real de um segurança, Richard Jewell (Paul Walter Hauser), que conseguiu salvar centenas de vida durante um atentado a bomba nas Olimpíadas de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996. Primeiramente, o gordinho simpático é visto como herói - apenas duas pessoas morreram e cem ficaram feridas, sendo que o saldo poderia ser maior se ele não tivesse visto uma mochila repleta de explosivos e chamado os policiais.

O problema é que durante as investigações nos dias posteriores começaram a indicar que Richard era um tipo estranho, e que procurava uma certa notoriedade. Ele tinha mais de 30 anos, morava com a mãe, era um tipo solitário, gosto por armas, ou seja, o símbolo daqueles lobos solitários - homens que de repente decidem provocar uma tragédia. O FBI vê em Jewell ujm caso típico de um homem que provocaria um atentado, para depois tentar se fazer passar por herói.

A vida de Jewell, que era um homem que acreditava cegamente na lei (chegou a ser demitido de uma universidade por sua fiscalização excessiva demais com os alunos) virou um inferno, ele foi demonizado pela imprensa e as autoridades. Sua vida foi devastada de cabo a rabo. E o trintão recebeu a ajuda de um advogado, interpretado por vigor por Watson Bryant (Sam Rockwell em atuação primorosa).

Clint pega pesado com o governo, com a imprensa. Em uma cena, uma jornalista vivida pela linda Olivia Wilde só obtém uma informação depois de ir para a cama com um agente do FBI. E como sempre, o trabalho do cineasta é primoroso, cuidadoso, tendo até espaço para o humor, apesar do drama humano.

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