Don’t Drink The Water

Don’t Drink The Water

Comédia de Woody Allen lembra a neurose da Guerra Fria

Chico Izidro

Woody Allen é o patriarca de família presa em embaixada comandada por Michael J. Fox

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Eu sou fã de primeira fileira de Woody Allen e achava ter visto todos os filmes do cineasta nova-iorquino, mas qual a surpresa ao me deparar com a comédia “Don’t Drink The Water”. Ela surgiu em 1966, ano de meu nascimento, como peça teatral na Broadway em 17 de novembro, onde ficou por dois anos, com 598 sessões. O sucesso da peça de Allen chamou a atenção dos produtores de Hollywood, que compraram os diretos para uma adaptação cinematográfica. O filme saiu em 1969, dirigido por Howard Morris, com Jackie Gleason e Estelle Parsons no elenco.

Apesar de ter coescrito o roteiro, o longa não agradou Woody Allen, que anos depois decidiu refilmar a obra. E em 1994, dois meses depois de lançar “Tiros na Broadway”, ele estreou na TV americana a sua adaptação de “Don’t Drink the Water”, telefilme que dirigiu, adaptou de sua própria peça e atuou.

A comédia apresenta muitos elementos dos Irmãos Marx. A trama se passa nos anos 1960, durante a Guerra Fria. Em um país da Cortina de Ferro, a embaixada dos Estados Unidos ficou aos cuidados do incompetente A história se passa nos anos 1960, em algum lugar atrás da “cortina de ferro”, no auge da Guerra Fria. O Embaixador Magee precisa ir à Washington e depois de muito relutar, resolve deixar seu filho, um incompetente Axel Magee (Michael J. Fox), o incompetente filho do embaixador local, que teve de viajar aos Estados Unidos. E ele se vê às voltas com um incidente diplomático.

A família Hollander, composta por Walter (Woody Allen), a esposa Marion (Julie Kavner) e a filha Susan (Mayim Bialik), estava de férias no país comunista. E Walter tirou uma fotografia do pôr-do-sol em um local considerado estratégico pelo Exército Vermelho e a família acabou sendo confundida com espiões. Então eles buscam refúgio na embaixada americana, com o prédio sendo cercado pelos militares, que exigem a  prisão deles. Então Axel tem de lidar com a situação inesperada, cercada dos tipos mais excêntricos.

O comediante Dom de Luise (1933-2009), por exemplo, faz o papel de um padre que está asilado na embaixada há seis anos e tenta distrair a todos com mágicas. E ele é um desastre como mágico. Michael J. Fox faz Michael J. Fox, o garoto romântico e encantador, apesar de desastrado, e que vai ficar com a mocinha no final. O personagem de Woody Allen talvez seja o que atrapalha um pouco, mas é Allen e suas neuroses. Porém, está muito verborrágico, e destoa um pouco do restante do elenco. A atriz Julie Kavner, que interpreta a esposa, é também dubladora e voz original da personagem Marge, da animação The Simpsons. Este é um dos sete filmes em que ela e Woody Allen aparecem juntos, com destaque para o genial “A Era do Rádio”.

O filme está disponível no Cine Belas Artes.

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