Dor sem suspense

Dor sem suspense

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"Os Invisíveis - Quero viver” (Die Unsichtbaren) "Os Invisíveis - Quero viver” (Die Unsichtbaren), direção de Claus Räfle, mostra a incessante luta pela sobrevivência de quatro jovens judeus na Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial. É um drana histórico forte e emocionante, que tem sua história iniciada em outubro de 1941, indo até o término do conflito, em 1945. Os "invisíveis", a que o título se refere são dois rapazes, um estudante de arte, Cioma Schönhaus (Max Mauff), que especializou em falsificar passaportes e passes, e Eugen Friede (Aaron Altaras), que viveu escondido em casa de alemães comuns, e as jovens Hanni Lévy (Alice Dwyer), órfã, que pintou o cabelo de loiro e passava os dias caminhando pelas ruas de Berlim, e Ruth Arndt (Ruby O. Fee), que perdeu se passou por viúva e acabou trabalhando para um oficial nazista.

Os quatro viviam clandestinamente em Berlim - estima-se que 7 mil judeus tenham permanecido na capital alemã durante a guerra, e 1.500 sobreviveram à perseguição nazista e aos bombardeios aliados. O governo hitlerista chegou a declarar livre de judeus em  junho de 1943 - eles eram enviados para os campos de extermínio no leste europeu, para serem mortos nas câmaras de gás. O diretor teve uma ideia brilhante, para não se repetir em mais um filme de judeus fugindo de nazistas. A história dos sobreviventes é contada por eles mesmos, já idosos, como se fosse um documentário. E seus relatos são intercalados por cenas feitas por atores. O diretor ainda inseriu cenas em preto e branco, das ruas da cidade alemã durante os anos 1940. O filme acaba não tendo suspense, pois já sabemos de antemão que os jovens escaparam da morte, driblando o horror nazista. Mas é um alento mostrar que nem todos os alemães apoiavam Hitler e seus fanáticos, ajudando muitas pessoas a escapar do Holocausto.



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