Justiça dolorosa

Justiça dolorosa

Bryan Stevenson (Michael B. Jordan) é um advogado recém-formado em Harvard que decide defender presos do "corredor da morte" nos EUA

Marcos Santuario

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Em "Luta por Justiça", preconceito, esperança, dor e persistência dão o tom de uma trajetória marcada pelas idas e vindas de um advogado ao universo do corredor da morte, para tentar inocentar os que ali estavam. Com uma direção segura de Destin Daniel Cretton, um havaiano de 40 anos que já fez "Castelo de Vidro", entre outras obras, a trama se desenrola de forma envolvente e, mesmo dolorosa, pode prender o espectador em suas mais de duas horas de tela.

No time de frente de atuação estão Michael B. Jordan, Jamie Foxx e Brie Larson. A trinca de experientes atores conduz o enredo do filme em que Bryan Stevenson (Michael B. Jordan) é um advogado recém-formado em Harvard que abre mão de uma promissora carreira lucrativa em escritórios renomados da costa leste americana para se mudar para o Alabama e se dedicar a prisioneiros condenados à morte que nunca receberam assistência legal justa. A decisão surge já com o jovem estagiário de Direito visita prisioneiros nestas condições, Formado, ao chegar ao seu destino profissional escolhido, Stevenson conhece de perto o caso de Walter McMillian (Jamie Foxx), um homem negro falsamente acusado de um assassinato, mas que nunca teve uma defesa apropriada por conta do preconceito racial na região.

Este é o estopim para criar o envolvimento e a empatia com a labor do jovem idealista que encontra as falhas dos processos e também desenterra esperanças já sufocadas por injustiças encobertas. Daí em diante a trama se desenvolve entre encontros na penitenciária, momentos com os familiares dos presos, entrevistas com a população racista e preconceituosa que ajudou a manter a injustiça, e idas e vindas a tribunais.

Uma produção que tem tudo para agradar aos amantes de filmes de tribunais, amantes do Direito, da Justiça e também das lutas pelos direitos humanos. Um filme humano. Demasiado humano.


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