Maldição de filmes ruins

Maldição de filmes ruins

Filme russo "A Maldição do Espelho" é nova tentativa frustrada de diretor Aleksandr Domogarov fazer terror

Chico Izidro

Daniil Izotov é o garoto Artyom, assombrado em um internato

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Ainda não foi desta vez que o diretor russo Aleksandr Domogarov acertou a mão. Após ter lançado os péssimos "A Noiva” e "A Sereia”, ele segue explorando figuras do misticismo russo em "A Maldição do Espelho" (Pikovaya dama: Zazerkalye). E segue errando.

A intemção de Domogarov é apresentar uma obra de terror. Porém o terror acaba sendo o que passam os espectadores, torturados durante os minutos intermináveis do filme. A trama acompanha a jovem Olya (Angelina Strechina), que após perder a mãe em um acidente de carro, e com o pai no exterior, é obrigada a ir para um internato ao lado do irmão mais novo, Artyom (Daniil Izotov).

A garota, no entanto, despreza o menino, em fato não explorado pelo diretor. E no internato, Olya se envolve com a turma dos rebeldes, que em certa noite vasculham os corredores do prédio e se deparam com um depósito, onde há um espelho com uma inscrição invocando um espírito, o da Rainha de Espadas. Claro que os idiotas fazem a invocação, fazendo ainda um pedido.

E logo a alma liberta começa a cumprir os desejos, mas todos voltados contra os jovens. Simplesmente não existe terror, as atuações são horríveis. E o pior, a distribuidora preferiu suprimir o idioma original - russo -, dublando as cópias em inglês. E a emenda ficou terrível, com falta de sincronia. Recordam aquelas dublagens em que o personagem falava algo e não aparecia o som, e no momento em que ele fechyava a boca, surgia a voz? É por aí. Fuja.

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