Real e atual

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Em "Meu Nome é Daniel" o personagem/realizador apresenta ao país o primeiro longa brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência.

Marcos Santuario

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Há algo de imperdível no documentário brasileiro “Meu Nome é Daniel”, do jovem Daniel Gonçalves. Nele, o personagem/ realizador apresenta ao país o primeiro longa brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência. Ele próprio. Com tom confessional e muita verdade em palavras e imagens, o carioca que nasceu com uma deficiência a qual nenhum médico conseguiu identificar, compartilha com o espectador seu desejo de compreender a sua condição física por meio de imagens de arquivos de família e gravações atuais.

Para além da questão individual, a produção pode levar a refletir sobre alguns preconceitos vividos pela sociedade contemporânea em relação à deficiência. Surge na tela a família, os amigos e os momentos difíceis vividos por Daniel e em seu entorno. Mais do que estética ou tecnologia, o filme se centra em colocar na frente da câmera uma vivência cronológica que só é rompida com o início, em que Daniel surpreende a mãe e o espectador com ação inusitada.

Não é a toa que o filme já participou de diversos festivais no Brasil e no exterior, e já conquistou a Menção Honrosa Direção de Documentário no Festival do Rio 2018, Melhor longa-metragem na Mostra de Cinema de Gostoso (2018), e Melhor longa-metragem pelo Júri Popular na Mostra de Cinema de Tiradentes 2019. No início deste ano foi muito aplaudido também ao receber o prêmio “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia” do Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019, evento que o qualificando para ser indicado ao Oscar de 2020 na categoria de melhor documentário de longa-metragem.

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