“Um Príncipe em Nova Iorque 2”
Sequência do clássico de 1988 mostra Akeem em busca do herdeiro perdido
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Tenho uma bronca com filmes e séries que retratam monarquias de um jeito positivo. E vamos combinar que não é nada legal determinadas pessoas terem privilégios sobre as demais e serem consideradas ainda nobres...eu diria que Lenin e Stalin estavam certos ao eliminarem os Romanov em 1917. Pois bem, feito o desabafo, vamos a “Um Príncipe em Nova Iorque 2”, direção de Craig Brewer e sequência do clássico de Eddie Murphy, de 1988. O longa traz quase todos os atores da primeira parte, com exceção da atriz Madge Sinclair, a Rainha e mãe de Akeem, que faleceu em 1995.
Exatos 33 anos depois, o príncipe Akeem (Murphy) está perto de se tornar rei, pois o seu pai, Jaffe (James Earl Jones) está à beira da morte. E o reinado de Zamunda, o país fictício onde se passa a trama, passa a ser ameaçado pelo ditador do país vizinho, General Izzi (Wesley Snipes), já que Akeem não tem herdeiros homens, e isso é fundamental – as mulheres não possuem direitos em Zamunda. Então Akeem descobre possuir um filho bastardo em Nova Iorque, e é para lá onde volta, para tentar encontrar o herdeiro.
“Um Príncipe em Nova Iorque 2” segue enaltecendo as monarquias, mas tenta passar uma imagem de atualidade, com as mulheres buscando reconhecimento – por que a filha mais velha de Akeem não pode ser a rainha ao invés de um jovem nova-iorquino que não tem a mínima intimidade com o país?
Apesar do meu ranço com as monarquias, o filme tem a mesma pegada de seu antecessor, com excelentes piadas, ainda mais as que fazem referências ao racismo que sofrem os negros. E Murphy volta a fazer diversos personagens – os velhinhos da barbearia...e mostra que depois de temporadas com obras frustrantes e constrangedoras, voltou com força.
“Um Príncipe em Nova Iorque 2” está disponível na Amazon Prime.
