Vai com pipoca

Vai com pipoca

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Nada se cria, tudo se copia. Principalmente no universo cinematográfico, cujas ideias para filmes já devem ter sido todas utilizadas. Aí aparece o longa futurista "Máquinas Mortais" (Mortal Engines), direção de Christian Rivers e produção de Peter Jackson, em uma adaptação dos livros de Philip Reeve. A trama se passa por volta do Século 30, centenas de anos depois de a terra ter sofrido um grande apocalipse que devastou todos os continentes. As pessoas vivem em cidades construídas sob rodas, que são capazes de mudar suas formas e tamanhos. A heroína é Hester Shaw (Hera Hilmar), de excepcional atuação no recente "Um Homem Comum", sobre a Guerra da Bósnia). Ela é uma orfã que pretende matar o poderoso Thaddeus Valentine (Hugo Weaving, em mais um papel de vilão em sua carreira) e que controla a cidade móvel de Londres - e que pretende dominar os devastados continentes europeu e asiático. Para lutar contra ele, Hester, que carrega uma cicatriz no rosto, cuja origem será explicada ao longo do filme, recebe a ajuda inesperada do rejeitado Tom Natsworthy (o insosso Robert Sheehan, de Os Instrumentos Mortais (de novo!!!). A narrativa é acelerada, trazendo bons efeitos especiais. Só que tudo soa como já visto diversas vezes. Ao longo do filme, é possível encontrar referências a filmes como "Mad Max", "Guerra nas Estrelas", "O Exterminador do Futuro", "A Grande Muralha" e por aí vai. Um grande desperdício de tempo e de dinheiro, numa bobagem monumental. Porém, deve agradar aquelas pessoas que não querem pensar muito e vão ao cinema apenas para comer pipoca e tomar Coca-Cola.

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