Isabella Taviani: "Sou fã de carteirinha dos Carpenters"

Isabella Taviani: "Sou fã de carteirinha dos Carpenters"

publicidade

Foto: Daryan Dornelles / Divulgação / CP Foto: Daryan Dornelles / Divulgação / CP


Nesta quarta-feira, a cantora carioca Isabella Taviani sobe ao palco do Teatro do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80) , em Porto Alegre, com seu novo trabalho, "Carpenters Avenue", um tributo à dupla norte-americana, The Carpenters. Um dos momentos mais emocionantes do show é quando Isabella canta a música que gravou com Dionne Warwick, “(They Long To Be) Close To You”, um dos maiores sucessos dos Carpenters e que foi o primeiro single do seu novo trabalho.

Os Carpenters foram um dos grupos de maior sucesso da história da música pop, lançando, entre 1969 e 1983, canções doces e românticas que embalaram corações pelo mundo, com o piano e arranjos de Richard e a voz envolvente de Karen Carpenter, que morreu precocemente, aos 32 anos, em 1983. Fã dos irmãos Carpenter desde criança, Isabella teve a ideia de gravar um álbum só com músicas do repertório dos Carpenters em 2010.

O álbum traz 14 faixas, oito gravadas no Brasil e seis em Los Angeles (EUA), com hits que vão de “We’ve Only Just Begun”, “(They Long To Be Close To You)” e “Only Yesterday” a lados B como “Eventide”, “Sometimes” e “Love Me For What I Am”. Em “Sometimes”, há a participação vocal de Monica Mancini, filha de Henri Mancini, autor desta canção em parceria com a irmã de Monica, Felice. Foi incluído na gravação o piano tocado por Henri na demo original enviada aos Carpenters em 1971. Ingressos na bilheteria do local, pelo site e pelo telefone (51) 4003-1212.

Nesta entrevista ao Correio do Povo, Isabella fala da homenagem, de ser fã de carteirinha (de fã-clube) dos Carpenters, do show, das músicas, da participação de Dionne Warwick e Monica Mancini no CD, os seus gostos pessoais e opiniões sobre o mundo da música.

Correio do Povo: De onde surgiu esta ideia tão ambiciosa de homenagear os Carpenters com um disco?
Isabella Taviani: Sou fã de carteirinha dos Carpenters, literalmente, porque faço parte do fã-clube desde os 14 anos. Este projeto surgiu como uma homenagem. Karen sempre foi minha maior referência vocal. Gravar este álbum era como retribuir tudo isso!

CP: Para você, o que é o maior legado dos Carpenters para a música e para a época?
Isabella Taviani: Beleza!!! Os arranjos limpos, belos e harmoniosos do Richard e a voz incomparável de Karen, unidos a um repertório impecável é a marca dessa dupla.

CP: O disco tem alguns detalhes muito particulares. A participação de Dionne Warwick, da filha de Henri Mancini e a inclusão da demo original do piano de Mancini em "Sometimes". Como foi concatenar tudo isto?
Isabella Taviani: A participação da Dionne foi uma exigência minha. Ela era uma das grandes amigas de Karen Carpenter. Eu queria essa energia ao meu lado. Tenho certeza que minha cantora predileta amou este dueto em "Close to You". Já Monica Mancini, foi algo que aconteceu durante as gravações. Eu estava mixando em seu estúdio, em Studio City (Los Angeles) e ela acabou ouvindo minha voz e se lembrou imediatamente da Karen, porque também foi sua amiga. Acabei a convidando para participar e ela me deu de presente um registro inédito do piano de Henry Mancini na canção "Sometimes". Um privilégio gigante que eu agradeço muito!

CP: Qual a música do CD que mais te toca e por quê?
Isabella Taviani: "Solitaire", porque, além de ser uma das minhas canções prediletas, adorei o arranjo e também o meu registro vocal.

CP: Além deste "Carpenters Avenue", como anda a tua carreira? Ouvi outro disco teu novamente, "Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar", e te digo que tens uma multiplicidade de facetas em cada registro musical. Para que lado aponta a tua carreira atualmente?
Isabella Taviani: Este álbum, ao qual você se refere, é de 2009. Tenho um enorme carinho por ele porque foi a partir daí que comecei a me conectar com outra Isabella, outras facetas. Uma cantora que pode ser doce ou amarga, pode ser romântica ou fria, pode ser roqueira ou deslizar no country. Depois desse CD eu gravei o "Eu Raio X" e o DVD ao vivo do mesmo. Sempre tentando buscar novos caminhos em minha música. Após o "Carpenters Avenue", em meados do ano que vem, já pretendo gravar outro disco autoral e tudo pode acontecer! Deixa ser...

CP: Quais as coisas, cantores e grupos que te emocionam atualmente?
Isabella Taviani: As coisas??? Bem, quero ser mãe! Cantores? Dani Black e até mesmo o Tiago Iorc, ele tem belíssimas musicas. Grupos? Ah, eu curto o Suricato.

CP: E sobre o público e os músicos do RS, você tem algo a dizer?
Isabella Taviani: Músicos gaúchos sempre são incríveis porque eles são sérios! Não é balela cantada. Adoro o Vitor Ramil. Quanto ao público é uma incógnita. Este é o primeiro show grande que faço por aqui.

CP: Para finalizar, como você analisa o momento atual da música, no qual os shows e a interatividade virtual, do download ao streaming, obrigam o artista a se aproximar mais do público do que em outros tempos?
Isabella Taviani: Não há problema nenhum na aproximação! Isso é ótimo. Não vendemos mais CDs! Acho eu que não devemos nem mais nos preocupar com isso, o streaming e download tomaram conta. O problema é que a remuneração deste mercado ainda é ineficaz e sem controle. Mas o que mais me deixa horrorizada é como as canções de baixo calão, baixa poesia e baixíssima qualidade melódica tomaram conta do mercado fonográfico e das rádios!

Por Luiz Gonzaga Lopes

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895