Sobre o desenvolvimento da demografia do Rio Grande do Sul
A edição do dia 13 de janeiro de 1925, terça-feira, edição n. 10, noticiava

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“[...] No quadro da nossa população em 1814 figuram as seguintes freguezias: Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antonio da Patrulha, Viamão, Nossa Senhora dos Anjos da Aldeia [Gravataí], Nossa Senhora da Conceição do Arroio [Osório], Nossa Senhora de Oliveira da Vaccaria, Bom Jesus do Triumpho, Taquary, Santo Amaro, Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira, Mostardas, Nossa Senhora da Conceição do Estreito atual município de São José do Norte], Cangussú, S. Francisco de Paula (Pelotas), Piratinym, Espirito Santo do Serrito [Jaguarão] e mais a ex-Província de Missões. Nessa relação não estão incluídos os corpos de linha da guarnição da ex-Capitania, nem as pessoas que não tinham domicílio certo. Tinha o Rio Grande do Sul 70.656 habitantes, assim discriminados: brancos, 32.300; livres, 5.399; cativos, 20.611; índios, 8.655; nascidos, 3.691 [...]. Era, pois, bem pouca a nossa população. A campanha rio-grandense apresentava então o aspecto de um verdadeiro deserto. Podia-se viajar a cavalo durante dois, três, quatro e mais dias sem se encontrar no caminho uma viva alma. Tudo era desolação. Viajava-se seguidamente como que envolto numa solidão profunda. Estava-se na época das concessões das vastas sesmarias. [...] Os campos tinham divisas naturais, como arroios, rios, serras e coxilhas. Depois, à proporção que a população la crescendo, os campos eram também convenientemente divididos, subdivididos e cercados. Em 1920, a população do Estado foi calculada em 2.005.870 habitantes. Ora, forçosamente, no momento atual, está muito aumentada. Para isso, entrou com o seu contingente a imigração de vários países europeus. [...]”
O ‘Plano Dawes’
“A famosa tabela de pagamento das reparações de guerra, arquitetada por um general norte-americano até então perfeitamente ignorado, foi a alma da Conferência de Londres, aceita com entusiasmo por todas as potências interessadas, inclusive a Alemanha. O plano celebrizou [...] o seu autor, que passou a ter os louros de personalidade mundial. [...] foi eleito vice-presidente do seu país, companheiro de Calvin Coolidge na chapa republicana. [...] Von Tirpitz disse que ela [a tabela] reduziu a Alemanha a uma ‘província de reparações’...”
A segunda derrota de Julio Barrios
“‘[...] Julio Barrios [caudilho] e sua gente, depois de derrotados em Galpões e atirados para território uruguaio, [...] entenderam-se com diversos chefetes rebeldes em Artigas [...] No dia 5 do corrente, pela madrugada, [...] atravessaram a fronteira perto de Quarahy, o que foi logo assinalado por uma patrulha do 2º C. A. Pouco depois, [...] forças desse corpo e patriotas de Quarahy, atacaram e derrotaram Julio Barrios, atirando-o novamente para território uruguaio, onde foi preso e sua gente desarmada ...] — Cap. Amaro Villanova’”
O dia 13 de janeiro na história
- 1895 As tropas invasoras italianas vencem a primeira batalha da Primeira Guerra Ítalo-Etíope.
- 1915 Terremoto de intensidade Mercalli extrema abala a província de L’Aquila, no centro da Itália, matando entre 30 e 33 mil pessoas.
- 1920 Manifestação em frente ao Reichstag em Berlim termina em conflito com a polícia e dezenas de mortos.
- 1941 Morre na Suíça o escritor e crítico irlandês James Joyce, autor de “Ulisses”.
- 1963 O presidente da República do Togo, Sylvanus Olympio, é assassinado em golpe de estado.
- 1964 Revolta anti-muçulmana explode em Calcutá em resposta a revoltas anti-hindu no Paquistão Oriental.
- 1972 O primeiro-ministro Kofi Abrefa Busia e o presidente de Gana Edward Akufo-Addo são depostos em golpe militar.
- 1972 O enxadrista brasileiro Henrique da Costa Mecking, o Mequinho, se torna o mais jovem grande mestre internacional de xadrez, aos 19 anos.
- 2012 O cruzeiro italiano Costa Concordia emborca por imprudência do capitão Francesco Schettino na costa da Toscana, matando 32 pessoas.
- 2020 O ministério da saúde tailandês confirma o primeiro caso de Covid-19 fora da China.
* A grafia está atualizada para as normas atuais, à exceção dos nomes próprios