A importância da base para Grêmio e Inter

A importância da base para Grêmio e Inter

Um Gre-Nal decide neste sábado, às 10h, no Pacaembu, a Copinha São Paulo

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Um Gre-Nal decide neste sábado, às 10h, no Pacaembu, a Copinha São Paulo. 
A taça virá para o Rio Grande do Sul. 
Pela primeira vez em mais de 50 anos do torneio a final se dará com o clássico gaúcho. 
O Inter vai em busca do penta e o Grêmio tenta um título ainda inédito.
Foi com dois jogadores da base, Alexandre Pato e Luiz Adriano, que o Inter conquistou seu principal título da história até hoje, o Mundial Interclubes da Fifa em 2006. 
Foi com jogadores da base ou lapidados em casa que o Grêmio quebrou um jejum de 15 anos sem título importante ao conquistar a Copa do Brasil de 2016: Marcelo Grohe, Walace, Jailson, Everton, Luan e Pedro Rocha.
A base alavancou financeiramente o Inter de 2006 até 2011. 
Recentemente um levantamento da Sports Value mostrou que os clubes brasileiros movimentaram quase R$ 8 bilhões em transferências nos últimos 16 anos. 
O São Paulo aparece liderando com R$ 1,08 bilhão. 
O Internacional é o segundo com R$ 827 milhões. 
O Inter já teve uma das bases mais fortes do país. 
Só da fábrica colorada de atacantes saíram, desde 2006, Pato, Nilmar, Rafael Sobis, Luiz Adriano, Walter, Taison e Leandro Damião. 
De 2006 a 2011 a base deixou títulos e cerca de meio bilhão de reais nos cofres. 
Nos últimos anos a base vermelha vinha sendo relegada. Mas antes de 2018, na gestão Marcelo Medeiros, foram feitos ajustes com a chegada da Double Pass, responsável por reformulações nos trabalhos das federações de futebol da Alemanha e da própria Bélgica, que começou a implementar mudanças, e com a contratação de profissionais como Erasmo Damiani, Raul Fachini, Fábio Matias, Alessandro Brito e outros. 
Houve melhorias na captação de garotos. 
O Inter sonha com seu Centro de Treinamentos definitivo, em Guaíba. 
E terá um campo a mais no CT Parque Gigante para que a categoria sub-21 treine ao lado do profissionais. 
Hoje, o clube paga aluguel no CT de Alvorada. 
O clube investe em torno de R$ 1,5 milhão/mês na base.
Desde que Romildo Bolzan foi empossado, em 2017, o Grêmio vem apresentando superávit. 
O de 2019 deve ficar nos R$ 30 milhões. 
Quem garante o superávit? 
A venda de jogadores formados ou lapidados na base. 
Neste período o clube, que investe mais de R$ 20 milhões em pratas de casa por ano, já faturou cerca de R$ 400 milhões com vendas. 
Foram 10. 
Relaciono as mais importantes. 
Duas das quatro transações de 2017, Pedro Rocha por 12 milhões de euros (Spartak Moscou) e Walace por 9,20 milhões de euros (Hamburgo). 
Em 2018 saiu o volante Arthur deixando 31 milhões de euros (Barcelona). 
No ano passado, só parte dos direitos de Tetê renderam 15 milhões de euros (Shakhtar Donestk.
Há quem diga que torneios assim são para revelar jogadores, relegando o título. 
Mas obviamente que o melhor é revelar com taça. 
Neste sábado não está em disputa apenas a Copinha. Estará em campo parte do futuro de Grêmio e Inter. 
No gramado e nos cofres.


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