A reunião que elegeu Romildo

A reunião que elegeu Romildo

Publico hoje trecho da última entrevista concedida por Fábio Koff e publicada no Correio do Povo de 13 de agosto de 2017.

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Publico hoje trecho da última entrevista concedida por Fábio Koff e publicada no Correio do Povo de 13 de agosto de 2017. Neste relato, para este colunista e para o companheiro Carlos Corrêa, o icônico presidente fala sobre como Romildo Bolzan chegou ao poder.
Há uma recomendação que merece destaque. Koff disse para Romildo passar no médico a cada 15 dias porque ia ter um infarto. Confira.
“O Romildo Bolzan é o seguinte. O poder político no Grêmio estava fracionado em grupos e o Romildo fazia parte de um grupo ligado ao Hélio Dourado. Aí convidei o Romildo para jantar comigo uma noite. Ele não tinha atuação lá dentro ainda.
Perguntei se poderia cogitar o nome dele para uma vice-presidência. Me respondeu que sim, que teria muito orgulho e realmente, com o tempo, houve integração com o grupo do Hélio Dourado na nossa campanha, foi conosco para o Interior. Coloquei o Romildo numa posição no Conselho de Administração. E ele mostrou muita habilidade.
Ele tem uma habilidade política muito grande, é alguém muito hábil. E foi um companheiro muito leal. Nos episódios da OAS, que dá para escrever um livro só disso, ele esteve sempre solidário, sempre presente.
No fim daquele ano, em 2014, mais ou menos lá por setembro ou outubro, eu estava exausto, sentindo os efeitos da briga com a OAS, era um desgaste físico muito grande, havia inclusive consultado um médico que me indicou parar. Então resolvi fazer uma reunião de diretoria com o Conselho de Administração para escolhermos o candidato. Até então o único que havia admitido ser candidato era o Renato Moreira. Fiz a reunião. 
Eu havia passado por uma experiência muito negativa na eleição do Conselho Deliberativo, quando membros da minha diretoria apoiaram chapas da oposição. Então coloquei as cartas na mesa. Vamos fazer uma reunião aqui e escolher um candidato entre vocês. Com um compromisso: o que for escolhido, os outros todos fecham junto, senão entreguem o cargo agora. Aí concordaram. 
Comecei dizendo que o Renato Moreira havia me procurado explicando que poderia ser candidato, que não havia mais empecilhos profissionais, caso fosse essa a escolha. Então começamos a escolher, perguntei ao Nestor Hein quem era o candidato dele. Romildo Bolzan. Anotei. O próximo, (Adalberto) Preis, quem era o candidato? Romildo Bolzan. O próximo foi o Odorico: Romildo Bolzan. O (Marcos) Herrmann não estava presente, o Romildo votou nele e disse que aceitava. Disse então que ele teria que cumprir duas condições.
A primeira era se desligar do seu partido político, porque sou contra participação de detentor de cargo político no Grêmio. A segunda era para ele passar no médico a cada 15 dias porque ia ter um infarto. Ele me disse então que se sacrificaria, que queria muito ser presidente do Grêmio”.


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