Brasileiro vê Sul perdendo força

Brasileiro vê Sul perdendo força

Há um evidente indicativo de que a região Sul está perdendo força

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O Campeonato  Brasileiro por pontos corridos começou a ser disputado em 2003.
Primeiro com 24 times, até chegar aos 20 em 2006.
A região Sudeste levou todos os canecos. Apenas clubes de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ganharam o título.
A fatia está assim: paulistas, 10 taças; cariocas, três e mineiros, três. O título de 2019 ficará ou com Rio de Janeiro ou com São Paulo.
O balanço que segue leva em conta o Brasileiro com a participação de 20 clubes, portanto parte do ano de 2006.
Há um evidente indicativo de que a região Sul está perdendo força. O Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina) já teve uma fatia gorda de participantes no nacional, isto em 2015, oito, ou 40% do total: Grêmio, Inter, Athletico-PR, Coritiba, Criciúma, Chapecoense, Figueirense, Joinville e Avaí.
Esta fatia teve variações, mas poderá chegar ao seu índice mais baixo em 2020: 15%, com Grêmio, Inter e Athletico Paranaense. Isto porque a Chapecoense está virtualmente rebaixada e o Avaí também deve cair.
Por outro lado a 28ª rodada do Brasileiro da Série B começou sem nenhum integrante do Sul no G-4, embora Paraná e Coritiba estejam na disputa. Por outro lado, Figueirense e Criciúma correm risco de cair para a Série C.
Hoje, o Sudeste corre o risco de ver o Cruzeiro rebaixado.
Mas o Bragantino deve subir.
O Brasileiro por pontos corridos ano a ano.
A região Sul esteve representada por seis clubes em 2006, 30% da fatia: Inter, Grêmio, Juventude, AthleticoPR, Paraná e Figueirense. O Sudeste (São Paulo, Rio e Minas) teve 11 times (55%), o Centro-Oeste, um (5%), o Nordeste dois (10%) e o Norte ficou sem ninguém.
O Sul manteve a fatia de 30% em 2007 (contra 50% do Sudeste) com Grêmio, Inter, Athletico-PR, Figueirense, Juventude e Paraná. Juventude e Paraná caíram.
Em 2008 a divisão por regiões ficou assim: Centro-Oeste, um time (5%); Nordeste, três (15%); Norte , nenhum; Sudeste, 11 (55%) e Sul, cinco (25%). Os do Sul: Grêmio, Inter, Athletico-PR, Coritiba (voltando da Série B) e Figueirense, este rebaixado.
Em 2009 a distância entre Sudeste (55%) e Sul (25%) permaneceu a mesma. O Sul figurou com Inter, Grêmio, Avaí, Athletico-PR e Coritiba, que voltou a cair.
Como nenhum representante do Sul subiu via Série B, o Brasileiro de 2010 viu crescer a fatia da região Sudeste para 60%. O Sul ficou reduzido a 20%: Inter, Grêmio, Athletico-PR e Avaí.
Os quatro permaneceram na Série A e dois (Coritiba e Figueirense) subiram da B. Assim, em 2011 o Sudeste voltou a ter 11 representante e o Sul seis.
Em 2012 o Sudeste voltou a engordar, com 12 times (60%) e o Sul a emagrecer com quatro (20%) culpa do rebaixamento de Athletico-PR e Avaí no ano anterior.
A batida seguiu parecida em 2013: Sudeste, 11 (55%) e Sul, cinco (25%). Os do Sul: Grêmio, Inter, Athletico-PR, Coritiba e Criciúma. Nenhum caiu.
Em 2014 foi a vez do Sul engordar sua fatia para sete representantes (35%) contra nove (45% do Sudeste). Além de Grêmio, Inter, Athletico-PR, Coritiba e Criciúma, teve os acessos da Chapecoense e do Figueirense.
Em 2015 o Brasileirão virou um Sul-Sudeste. O Centro-Oeste teve um time (5%); o Nordeste também 1 (5%) e o Norte ficou sem representante. Assim, o Sudeste entrou com 10 (50%) e o Sul com oito (40%): Grêmio, Inter, Athletico-PR, Coritiba, Criciúma, Chapecoense, Figueirense, Joinville e Avaí. Quatro equipes de Santa Catarina.
A fartura durou pouco. O Brasileiro de 2016 começou sem Joinville e Avaí, rebaixados. Os do Sul: Grêmio, Inter, Athletico-PR, Chapecoense, Coritiba e Figueirense. Dois foram rebaixados, Inter, de forma inédita, e Figueirense, este pela terceira vez.
Em 2017 o Sudeste entrou com 11 times e o Sul com cinco: Grêmio, Athletico-PR, Coritiba, Chapecoense e Avaí, este oriundo da Série B.
Em 2018 uma divisão um pouco diferente: Nordeste, quatro times; Sudeste, 11 e Sul, cinco. Os do Sul: Inter, Grêmio, Athletico-PR, Chapecoense e Paraná, que caiu.
Nesta temporada o Sudeste participa com 10 times (50% da fatia) e o Sul com cinco (25%): Grêmio, Inter, Atlético-PR, Avaí e Chapecoense.

 


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