Clássico Na-Nal

Eu, de novo, Hiltor:

    Tenho certeza que não pegaste esse tempo e que, hoje em dia, restaram poucos saudosistas da da década dos anos 1950.
Eu mesmo era um guri.
E nos campeonatos de Porto Alegre e depois da Divisão de Honra, até 1959, quando foi extinto, existia o Nacional da Chácara das Camélias, popularmente e carinhosamente apelidado de "Ferrinho" por seus estreitos laços com o funcionalismo da Viação Férrea. E quando esse simpático clube enfrentava o Internacional, dedicavam ao encontro a sigla "Na-Nal".
Um clássico.
Que, agora, terá reedição com o homônimo de Montevidéu.
No seu caso específico, o Nacional em Porto Alegre incomodava tanto que era uma pedrinha no sapato, sempre roubando preciosos pontos dos maiores.
Em 1951, só perdeu uma única partida para um deles, o Inter, de quem ganhara no primeiro turno por 2x1.
Dos outros, ou ganhou ou empatou.
Pois o "Ferrinho" acabou vicecampeão, na derrota de 4x3 para os colorados.
A diferença de pontuação foi por causa desses dois pontinhos. E quando o Renner sagrou-se campeão em 1954, o Nacional foi um dos três que conseguiu arrancar um empate com os invictos rennistas: 3x3.
Os dois outros empates do Renner foram com o Juventude (2x2) e o Novo Hamburgo (0x0). O Nacional era o glorioso rubro-negro da capital e no qual o grande Tesourinha encerrou a carreira (1956) e onde Ortunho foi revelado.

Meus abraços, Chico Michielin