Contra o prejuízo

Contra o prejuízo

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Carlos Corrêa / Interino

É bastante provável que os jogadores colorados que pisarem no gramado do estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué, hoje à noite, sequer imaginem, mas o duelo em dois jogos do Inter com o Tolima, pela última fase da Pré-Libertadores, vale mais do que apenas a classificação para a fase de grupos da competição. Vale dinheiro. Muito dinheiro. Neste caso, vale exatamente R$ 23,9 milhões, que é tamanho do prejuízo colorado caso sua participação no torneio seja abreviada muito antes do imaginado. Ao planejar o orçamento de cada ano, os clubes fazem uma projeção de valores que devem entrar a partir da participação em cada competição. O planejamento colorado para 2020 foi, no mínimo ousado. Projetou o Inter entre os quatro primeiros do Brasileirão e pelo menos na semifinal da Copa do Brasil e nas quartas de final da Libertadores. Isso é o mínimo que o clube tem que fazer para ficar no 0 a 0. Qualquer resultado melhor que essa projeção, significa lucro. Qualquer pior, por outro lado, significa prejuízo. Ou seja, em termos de Libertadores, se o Inter não avançar até as quartas de final, o que convenhamos, não é uma missão fácil, terá contas negativas.

A conta para chegar aos R$ 23,9 milhões se baseia nas premiações distribuídas pela Conmebol. Pela fase de grupo, cada equipe embolsa ao jogar em casa 1 milhão de dólares (lembrando que são três jogos). Pelas oitavas, o valor aumenta para 1,05 milhão e nas quartas 1,5 milhão. Tudo somado, dá US$ 5,5 milhões (R$ 23,9 milhões).

A prova de que é uma projeção arriscada é que são raros os casos de um desempenho tão bom assim. O Inter conseguiu isso em 2019. Mas é preciso fazer força para lembrar de outro ano tão positivo assim, seja para Inter, Grêmio ou quem for. Projeções ousadas no Inter não são novidade. Em 2019, o orçamento era bastante parecido.


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