Desequilíbrio

Desequilíbrio

A pandemia desequilibrou ainda mais o já espremido calendário

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Em jogos atrasados do Brasileiro, entraram em campo na terça-feira Galo x Santos e Palmeiras x Vasco.
Pensando na final da Libertadores que acontece no sábado, Santos e Palmeiras pouparam seus titulares.
O Santos perdeu por 2 a 0 e o Palmeiras ficou no 1 a 1. Vários times tinham interesse nos dois resultados. O Vasco, por exemplo, arrumou um ponto incerto, para desespero de Sport, Fortaleza, Bahia e outros que lutam contra o rebaixamento.
Não bastassem as competições paralelas, o já espremido calendário do futebol brasileiro viu o desequilíbrio aumentado pela pandemia, com times sendo desmontados pelo coronavírus. 
Volta e meia dirigentes de clubes criticam a CBF por este desvario onde muitas vezes não se sabe se os times estão se enfrentando pelo Brasileiro, Copa do Brasil ou Libertadores. Fora os estaduais e a Sul-Americana. Porém, são os mesmos dirigentes que comemoram a participação de seus clubes em vários torneios.
E quando a cartolagem que comanda entidades arrecadatórias como CBF e federações percebe alguma tentativa de burlar o seu torneio, trata logo de promover artimanhas. 

Artimanhas I
A Copa do Brasil era um torneio pouco interessante até recentemente. Foi quando a CBF decidiu por uma premiação superior a R$ 300 milhões no total. Com muito dinheiro sendo pago por cada fase, os clubes obviamente escalam seus times titulares. O campeão de 2020 (Grêmio ou Palmeiras) pega R$ 54 milhões. O vice, a metade.

Artimanhas II
Para não ver Inter e Grêmio disputarem o regional com os juvenis, a FGF exige que a lista de inscritos tenha menos de 38 jogadores e que, destes, 18 tenham “seus contratos devidamente publicados no Boletim Informativo Diário (BID)”. Exigência da TV, que paga cota de R$ 13 milhões para Inter e Grêmio, R$ 26 milhões no total.

 


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